segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020
Tema: Olha pra Nós!
Atos 3. 1 a 10.
3- Ora, vendo ele a Pedro e João, que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola.
4- E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós.
5- E ele os olhava atentamente, esperando receber deles alguma coisa.
6- Disse-lhe Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou; em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda.
Introdução:
O livro Atos nos mostra as maravilhas das ações de Deus para com a Sua Igreja, e mesmo nas dificuldades que a Igreja passou no seu inicio, mas esses acontecimentos certamente nos motiva a seguir firmes e constantes, pois o mesmo Deus que criou a Igreja é mesmo Deus que a tem sustentado até hoje, e continuará até a volta de Cristo Jesus.
Ainda hoje ficamos maravilhados, ao ouvir uma história de cura. No livro de Atos no capitulo 3 a partir do verso 1 a Bíblia nos relata a história de um homem, aleijado de nascença, que estava sendo carregado para um dos portões do templo chamado Portão Formoso, todos os dias ele era colocado naquele local para pedir esmolas para as pessoas que entravam no templo e, certo dia quando ele viu que Pedro e João iam se aproximando, pediu-lhes uma esmola, um donativo. Curioso, ele vai a Pedro e João, que vai lhe mostrar: o que é a ação é de Deus. Pois a cura não é obra humana, e o testemunho é da obra salvífica de Deus em Cristo Jesus e um convite à fé. Imaginem o povo ali presente, após ver aquele paralítico, um velho conhecido dos frequentadores daquele Templo, agora andando, saltando e glorificando a Deus.
Hoje não é diferente, pois as pessoas continuam correndo atrás de milagres e ofertas de curas milagrosas. Isso de certa forma é bom, pois cremos que Jesus tem todo poder. Mas, infelizmente, em “nome de Jesus”, muitos fazem apenas um negócio para arrecadar dinheiro e iludir pessoas, que acabam perdendo o resto de esperança que ainda tinham no Deus da vida. Jesus veio para estar do lado dos fracos, para curar e ajudar os necessitados, para proclamar liberdade aos cativos. Assim Jesus também veio para aquele homem que na frente do templo pedindo esmolas, sem possibilidade de mudanças de vida e nem de um futuro. Deus quer restaurar a vida dos sofridos, doentes e desesperançados. O mundo insiste em focar o poder da morte, levar a massa ao erro, privilegiar os ricos e promover discórdias entre as pessoas em especial à igreja de Cristo. A cura deste coxo é um testemunho de que Jesus restaura a vida dos excluídos e muda a nossa história. E assim veremos o que esse texto nos mostra:
1- O Engano de Estar na Porta do Templo, Mas Está Longe de Deus - Vs. 1 e 2.
A Bíblia não cita o nome daquele homem, mas diz que ele era coxo de nascença, todos os dias permaneciam na entrada do templo. Dependia sempre de outros para levá-lo até lá. Sempre ouvia as orações e os cânticos que vinha de dentro do templo. É muito triste perceber que ele Era o que mais ia aquele lugar, mas nunca entrava e nem participava dos cultos. Nutria “amizades” com os religiosos, mas sem tornar-se um irmão na fé. Das esmolas dos religiosos tirava seu sustento diário. (Neste caso e em muitos outros, podemos dizer que: Essas esmolas é o Mel do cristianismo).
Um homem coxo, aleijado, ferido no corpo, ferido na alma. Um homem triste, conformado com o defeito físico; amargurado, cheio de complexo de inferioridade. Talvez por isso se achasse indigno de entrar no templo. Um homem humilhado por pedir esmola e viver as custa de outros; tendo que se humilhar e falar: “Dá-me uma esmolinha pelo amor de Deus”, “Ajude este pobre aleijado” “Tem misericórdia, pois não posso trabalhar”. Suas palavras de suplicas espelhavam a própria derrota.
Por estar todos os dias na porta do templo, conhecia os vários tipos de Crentes ou de religiosos: O arrogante. O santarrão. O justiceiro. O amigo. O misericordioso. O rico mão de vaca. O atribulado. O que entrava de cabeça erguida e o que entrava de cabeça baixa. Dessa forma encontramos muitos que: Estão bem próximos do templo, mas dificilmente conseguem permanecer dentro dele. Quantas pessoas estão na porta dos templos, ou até mesmo dentro deles, mas longe de Deus, mas o cristão que é cheio do Espírito Santo está cheio de amor, como neste caso de Pedro e João está em comunhão com Deus.
2- O Olhar Para Os Necessitados
A Bíblia relata que Pedro fixando os olhos nele, em companhia de João, disse: “Olha para Nós”, o homem olhou para eles segundo as escrituras com atenção, na expectativa de receber algo, algum tipo de ajuda deles, nesse instante Pedro citou um dos versos hoje bem conhecido em nosso meio onde diz: “não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou em nome de Jesus Cristo O nazareno ergue-te e anda.”
A Bíblia continua dizendo que ele (Pedro) segurando-o na mão direita o ajudou a levantar e naquele mesmo instante os pés e tornozelos do homem ficaram firmes e, de um salto, pois-se em pé e começou a andar, é interessante observarmos que Pedro não só liberou o poder através do nome de Jesus, mas em amor, ele também ajudou a esse homem a ativar esse poder através da ação correspondente do dar a mão para levantá-lo.
O nosso olhar para o necessitado deve ser o mesmo olhar de Jesus: “E Jesus, ao desembarcar, viu uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas”. Mc. 6. 34. Devemos olhar com compaixão, devemos oferecer o temos de melhor, e o melhor que temos é Jesus e o Seu amor, que deve ser demonstrado nas nossas ações.
3- A Reconhecer a Verdadeira Necessidade -
Pedro diz que não tinha o que ele estava pedindo para suprir àquela necessidade natural (prata e ouro), porém o que Pedro tinha era bem maior e bem melhor do que a prata ou o ouro, ele tinha Jesus e o que Jesus poderia fazer por intermédio de Pedro e João. Pedro tinha a solução para uma transformação de vida, a prata ou o ouro em um certo momento iria se acabar, mas o que ele tinha era eterno, não movido por aquilo que era natural, então guiado pelo Espírito Santo, percebeu qual era a verdadeira necessidade daquele coxo pedinte, que era não era somente material, ou seja, o sustento que o dinheiro poderia conceder. Hoje temos muitos que estão pedindo coisas a Deus, mas estão precisando de outra. Muitos pedem a concessão de emprego a Deus e quando conseguem se afastam d’Ele. Muitas querem um marido melhor, outros uma esposa melhor, mas o que estão precisando mesmo é se converter, mudar as palavras e comportamentos dentro de casa. Muitos querem bons salários, mas não querem lutar, trabalhar, ser operosos e obedientes, a fim de fazer jus ao que querem. Fazem propósitos diante de Deus e dos homens e os não cumprem.
Querem Prosperidade, mas não dão nem o dízimo do pouco que ganham. “Ser fiel no pouco…”. É muito triste ver crentes que não sabem distinguir a verdadeira necessidade daqueles estão diante de nós, Por isso devemos olhar como Pedro e João olhou para aquele homem e também dizer: “O que tenho de dou...”.
4- Coragem Para Dizer Olha Para Nós – Vs. 4.
A primeira palavra de Pedro diante daquela necessidade foi colocar-se como um diferencial. Ele não era qualquer pessoa que estava entrando no templo, era um servo de Deus, o Espírito Santo estava com ele! Então Pedro falou pra ele: "Olha para Nós"; ao direcionar os olhos daquele homem para si, era como se Pedro quisesse ser lido interiormente, e que fosse percebida a diferença existente entre eles... Não era uma diferença física, nem mesmo social, mas Espiritual.
É muito triste ver que hoje em dia tudo é muito parecido com o mundo, e a tendência é que as pessoas também se tornem mais parecidas umas com as outras. Então, é cada vez mais necessário que haja aqueles que corajosamente possam dizer: "Olha para Nós"; Isto é, coragem para ser referencial, coragem para dizer: "Imitem a minha vida". "Isso é pretensão? Não é não! Paulo dizia: "sede meus imitadores, como eu sou de Cristo".
Amados irmãos, nós os verdadeiros Cristãos estamos no mundo para ser e fazer a diferença; Pois somos Sal, somos Luz. Até mesmo os crentes, hoje em dia, andam muito parecidos: Cantam as mesmas músicas, fazem orações e no mesmo estilo, e até pregam no mesmo estilo; "Então, o que pode nos diferenciar? A resposta está numa vida verdadeira para com Deus, ou seja, na comunhão e autoridade e poder para dizer: "olha para minha vida e siga meu exemplo”. Olha para o meu casamento, para o meu namoro. Olha para minha vida profissional, para mim como empregado, como patrão. Olha para mim como marido, como pai, como filho, como esposa... e siga meu exemplo, e que também possas dizer como o rei Davi disse o Salmo 139: “Vê se há em mim algum caminho mau...”. Por fora, podemos ser igual a todos os crentes: Frequentar a Igreja Regularmente, Cantar, Orar, mas, que adiantará tudo isso se não pudermos dizer: "Olha para nós, sigam o nosso exemplo. Olha para a minha vida?". A grande diferença entre nós e os outros será notada quando tivermos vida para ser capazes de dizer: Olhe para Nós, não temos o que o mundo espera, mas temos o que o mundo realmente necessita.
Considerações Finais
Portanto amados irmãos que possamos dizer assim como Pedro disse: “Olha pra Nós” e “Em nome de Jesus Cristo: Levanta-te e anda”. Creio que essa palavra é um convite para nós hoje como uma igreja viva e ativa na obra de Deus que está nos dizendo:
– Levanta-te, irmão e irmã, para a vida, para buscar em nome de Jesus o perdão, reconhecendo e confessando teus pecados, para receber a novidade de vida e agir como um verdadeiro cristão.
– Levantem-se povo de Deus e participa ativamente das atividades da igreja, e assim conhecerá a vontade de Deus para sua vida e de sua família.
– Levante-se, jovem, procura estudar, cursar uma faculdade, participar das decisões do presente e para o futuro, mas sendo um exemplo vivo de Jesus.
– Levantem-se, homem e mulher de Deus, para participar e conquistar seu espaço e realizar a obra de Deus.
Amados irmãos chega de brincar de Evangelho, de brincar de Igreja, agora é a hora da mudança do teu olhar, então olhe para o céu e grite em alto e bom som a tua real necessidade. Por certo, aquele olhar suave, eterno e infinito vai invadir a tua alma e lá no fundo, você sentirá uma força sobrenatural, de tal maneira indescritível como só Deus pode fazer. Fortalece então a tua fé, pois o que mais interessa a esse maravilhoso Deus é o teu bem estar e a tua alegria, pois nós somos filhos amados de Deus. E assim possamos ter uma vida que possa dizer: “Olha Pra Nós”, e assim produzir transformação na vida das pessoas!!! Amém.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020
Tema: Babilônia – O Reinado e a Ruína da Cidade do Anticristo
.
Texto: Apocalipse 17
Introdução:
Para entendermos melhor esse tema temos que buscar conhecer melhor os Impérios que dominaram o mundo nos tempos Bíblicos.
Bíblia relata a ascensão e a queda de grandes reinos e vastos impérios, principalmente por causa de sua relação com os reinos bíblicos de Israel e Judá. A história acompanha a opressão, a proeminência, a destruição e a subjugação de Israel. Em última análise, a profecia bíblica rastreia o progresso dos impérios mundiais até os tempos modernos e além; até ao Reino de Deus na segunda vinda de Jesus Cristo. Vejamos quais foram esses Impérios:
1- Império Egípcio
O Egito é um dos mais antigos impérios registrados na história. Ele escravizou o povo de Israel por mais de dois séculos antes que esse povo se tornasse uma nação.
Deus libertou os israelitas da escravidão no tempo de Moisés por meio de pragas devastadoras. No entanto, mesmo incapacitado, o Egito continuaria a ser um importante protagonista na região, apesar de seu poder ter declinado. Em seus períodos mais pujantes, ele ainda exerceu influência no norte, às vezes cooperando e às vezes sendo hostil aos reinos de Israel e Judá. Frequentemente, o seu poder e riqueza levaram-no a conflitos com outros reinos e impérios da região.
2- Império Assírio
Seu nome significa “graciosa”. Este Império é constituído pelos descendentes de Assur (Gn. 10.11 a 22) neto de Noé.
Posição geográfica: Norte da atual Bagdá (capital do atual Iraque), o Império Assírio, situado a nordeste da terra de Israel, em grande parte, atuou como “vara da ira de Deus” (Isaías 10. 5) contra o reino de Israel. A destruição e a deportação de Israel pela Assíria acabou com o seu reinado como superpotência mundial. Em todos os relatos históricos, os assírios são retratados como conquistadores cruéis e implacáveis.
Mais tarde, os assírios invadiram Judá, levando cativos muitos de seus habitantes e cercaram Jerusalém, embora, nessa ocasião, Deus tenha devastado as forças assírias e livrado Jerusalém. Então, a Assíria conquistou o Egito e ditou a tendência de futuros impérios invadirem o norte.
Com o declínio do poder de Israel e Judá, após a morte de Salomão, suas terras foram frequentemente invadidas de norte e a sul, pois as outras potências continuariam seguindo as principais rotas comerciais e de viagem, que passavam por Israel.
A Bíblia declara abertamente que Deus foi a causa da ascensão meteórica do poder da Assíria para cumprir o propósito de punir Israel. No entanto, Deus também julgaria os assírios, seus súditos se levantariam contra eles; particularmente os caldeus da Babilônia.
3- Império Babilônico
A grandeza da Babilônia estava construída sobre ambas às margens do Rio Eufrates. Protegia-a uma dupla muralha. Situada a sudeste da Assíria, a Babilônia emergiu como o próximo instrumento do castigo de Deus contra a Assíria e o reino de Judá.
Depois da frustrada invasão assíria, Judá continuou como um reino por mais de um século, mas adorando Deus de forma esporádica. Ao final, a desobediência de Judá acabou terminando em derrota e exílio pelas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, cerca do ano 587 a.C.
Deus usou o profeta Daniel, um dos cativos de Judá levado à Babilônia, para desvendar um roteiro para os próximos séculos de profecia bíblica em relação aos reinos gentios.
Os capítulos 2 e 7 de Daniel profetizam, com detalhes notáveis e precisos, a queda da Babilônia diante da Pérsia, a queda da Pérsia diante da Grécia, a queda da Grécia diante de Roma, os diversos reavivamentos do Império Romano e seu eventual fim na chegada da última superpotência. O Reino de Deus, que será estabelecido na Terra quando Jesus Cristo retornar.
Os principais elementos da religião e da cultura babilônica continuaram em vários aspectos através de cada um desses reinos. Assim, a última superpotência humana do fim dos tempos também é referida como Babilônia (Apocalipse 17. 3 a 6). Infelizmente, muitas das falsas práticas religiosas da antiga Babilônia ainda permeiam o cristianismo de hoje. A Babilônia, como a Assíria antes dela, foi derrotada e destruída por causa de seu orgulho contra Deus. Em um espetacular julgamento de Deus, o Império Medo-Persa conquistou a Babilônia em uma só noite (Daniel 5. 30 e 31).
4- Império Medo-Persa
No auge do império Medo-Persa detinha o domínio de 127 províncias que ocupavam os territórios desde a Etiópia até a Índia, isso equivale ao território atual de catorze países.
Com a junção dos dois reinos, Medos e Persas, tornam-se uma potência mundial. Liderados por Ciro, o persa, conquistam a cidade da Babilônia e enquanto este se ocupa nas conquistas dos territórios da Lídia, Dario, um de seus generais assume o comando da Babilônia (Dn. 5. 31).
O Império Persa, atual Irã, era distintamente tolerante com as religiões de seus súditos. A Babilônia era um instrumento de punição contra o povo de Deus, mas o objetivo com a Pérsia era proporcionar alívio e permitir certo grau de restauração do culto judaico. Os exilados de Judá, levados à força para a Babilônia, receberam permissão, por decretos peculiares de três diferentes reis persas, para retornar a Jerusalém e reconstruir o templo.
Deus estava olhando muito além ao usar o Império Persa. Para cumprir profecias messiânicas através de Jesus Cristo, o povo de Judá precisava ser reassentado na terra de Israel. O Império Persa reposicionou Judá para a vinda do Messias, e o Império Grego e o Império Romano prepararam o caminho para a propagação do evangelho de Jesus Cristo de variadas formas.
5- Império Grego-Macedônico
O rei macedônio Alexandre, o Grande, subiu ao poder do reino da Grécia e invadiu o mundo com celeridade e eficiência inéditas, conquistando e subjugando a Pérsia em apenas dez anos. Enquanto a Babilônia e a Pérsia procuraram controle político e riqueza, o Império Helenístico de Alexandre impuseram uma dominação cultural.
A língua grega tornou-se o idioma comum no mundo conhecido, e continuou assim até ao período romano. A universalidade língua grega permitiu a rápida propagação do evangelho, tanto na linguagem falada quanto na escrita. O Novo Testamento foi escrito e preservado em grego.
Quando Alexandre morreu, seu império foi enfim dividido em quatro partes, com duas delas sendo mais proeminentes. A dinastia selêucida governou a Grande Síria, incluindo as terras da Assíria, da Babilônia e da Pérsia. E a dinastia ptolemaica — os faraós gregos — governou o Egito. Estes dominaram, alternadamente, os judeus reassentados na Terra Santa.
O domínio grego-sírio se caracterizaria pela crueldade e flagrante Desrespeito às Práticas Religiosas dos judeus no templo, particularmente sob Antíoco Epifânio, o que levou a uma revolta judaica em torno do ano 167 a.C. Mas a independência judaica seria de curta duração e longe da gloriosa visão prometida nas profecias. O domínio grego sobre o resto do império continuou declinando gradualmente até que os romanos tomaram o poder, conquistando Jerusalém em 63 a.C.
6- Império Romano
Roma era a quarta e última besta das visões de Daniel, que era “diferente de todos” (Daniel 7. 7). Fiel às terríveis imagens vistas por Daniel, o Império Romano exerceu um domínio militar muito diferente de qualquer império antes dele. Além de sua singular organização e estratégia de guerra, os romanos também atraíam soldados de todos os povos conquistados por meio da possibilidade de obtenção da cidadania romana, que acarretava importantes privilégios sociais e econômicos.
A supremacia militar de Roma ajudou na propagação do evangelho de duas importantes formas. A eficiência de seus exércitos dependia de um extenso sistema de estradas, permitindo que viajassem rapidamente por todo o império para responder a qualquer ameaça, mas também permitiam viagens seguras e tranquilas para a pregação dos apóstolos. Em segundo lugar, todo o mundo romano gozava de paz e estabilidade regionais, conhecido como Pax Romana (“Paz de Roma”), proporcionando um ambiente adequado para a Igreja primitiva crescer.
O Império Romano não acabou com a queda de Roma no Ocidente em 476 d.C., e tampouco acabou com a queda da capital oriental de Constantinopla quase mil anos depois, ou com o fim do Sacro Império Romano alguns séculos depois disso. De acordo com Daniel, o Império Romano passaria por dez ressurreições, nas últimas sete tendo um pacto com um falso poder religioso, até o tempo da segunda vinda de Jesus Cristo, em outras palavras, durante os nossos dias!
Na história mais recente, ocorreu através da Alemanha de Hitler. Note que o título honorífico alemão “Kaiser” provém diretamente do título romano “César”. É notório os esforços atuais para criar um super estado europeu unificado como etapas significativas no processo de formação do último renascimento profetizado do Império Romano. Isso sustenta e corrobora nossa análise da evolução dos acontecimentos na União Européia.
7- O Sétimo Império ou a Última Superpotência Mundial
Também esse império (o 7º império mundial, segundo as Escrituras) como todos os demais impérios havidos no decurso da história, tem, teve e ainda terá relação direta para com a nação dos judeus: Israel.
A visão de Daniel, explicada no segundo capítulo de seu livro, termina com uma pedra atingindo a estátua, que representa a sucessão de quatro grandes impérios gentios a partir da época de Daniel e continuando até o tempo do fim. A pedra atinge os dedos e os pés dessa imagem, seu estágio final, como revela Daniel: “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” (Daniel 2. 44).
Aliás, o anticristo que é o oitavo rei, após os 7 reis (de Apocalipse 17) que também se levantará sobre os domínios do 7º império (que pode ser pelo lado da Rússia, que está se aliando a China, que hoje é uma super potência mundial) é que cumprirá também a sua parte profética quanto a nação de Israel, porque ele é quem vai subjugá-los e também lhes edificar o Templo como também profaná-lo, pisoteando mais uma vez Jerusalém, e novamente causar enorme dor e sofrimento tanto a judeus quanto também ao restante do mundo.
Ou seja, é novamente uma potência mundial, no caso agora, o anticristo, cumprindo o seu papel profético com relação a Nação de Israel (Igreja), e que se dará no final dos tempos, nos respectivos 7 anos da 70ª semana da profecia (Dn. 9).
O grande clímax da profecia de Daniel é o estabelecimento do Reino de Deus, a verdadeira e última superpotência mundial, que durará para sempre. A Pedra que atingiu a estátua é Jesus Cristo! Enquanto vemos as nações continuando a guerrear e a conquistar, devemos nos lembrar das palavras de Cristo em Marcos 1. 15: “O Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho”. E isso até a consumação dos séculos na volta de Cristo Jesus, ao ressoar da última trombeta, quando os reinos do mundo virão a ser do nosso Senhor e do Seu Cristo. Amém!
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
Tema: Os Efeitos do Pentecoste na Vida Igreja Ontem e Hoje
Texto: Atos 2. 42 a 47
46- E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração,
47- louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.
Introdução:
Continuando a serie de mensagens que traremos com base no livro de Atos. No domingo passado falamos sobre os Quarenta Dias que Jesus passou após a Sua ressurreição preparando Seus discípulos para tudo o que aconteceria com eles, e com a Igreja que passaria a existir a partir daquele evento que iria acontecer na festa de Pentecostes.
Pentecostes era uma das três maiores festas judaicas. As outras duas festas eram a Páscoa e a Festa dos Tabernáculos. Pentecostes é um nome advindo da palavra grega cinquenta, termo usado pelo fato de a festa ser celebrada no quinquagésimo dia após o Sábado de Páscoa. Essa celebração também era conhecida pelos nomes Festa das Semanas, Festa dos Primeiros Frutos ou das Primícias. Durante essa celebração, os judeus levavam a Deus as primícias da terra em ação de graças, esperando que Ele concedesse ao restante da colheita a Sua bênção. Esse Dia de Pentecostes é o dia das Primícias da Igreja de Cristo, o começo da grande colheita das almas que viriam a conhecer a Cristo e a Unirem-se à Igreja por meio da obra do Espírito Santo.
Se quiséssemos fazer uma lista dos dez maiores dias na História da humanidade, certamente o primeiro Pentecostes após a ressurreição de Jesus teria de estar nesta lista. O Pentecostes foi o começo (At. 11. 15). Foi o início daquilo que estava proposto, não na mente do homem, mas na mente, no coração de Deus; não como um súbito pensamento que ocorreu depois, mas desde a eternidade.
Lucas nos mostra agora os efeitos do Pentecoste, dando-nos uma linda descrição da igreja cheia do Espírito Santo. Cremos que a igreja embrionariamente não começou naquele dia, e não é correto dizer que o dia de Pentecoste é "o aniversário da igreja". Pois a igreja, como povo de Deus, remonta a pelo menos 4.000 anos nos tempos de Abraão. O que aconteceu no Pentecoste foi que o remanescente do povo de Deus veio a tornar-se o corpo de Deus cheio do Espírito Santo. Quais foram, então, as evidências da presença e do Espírito Santo. Quais foram os Efeitos do Pentecostes Na Vida da Igreja? É isso que veremos:
1- O Aprendizado
O evangelista Lucas menciona com bastante clareza que eles Perseveravam na Doutrina dos Apóstolos. Poderíamos até dizer que de certa forma, que naquele dia, o Espírito Santo abriu uma escola em Jerusalém; seus professores eram os apóstolos que Jesus escolhera; e havia três mil alunos no jardim de infância! Lucas deixa claro que esses novos convertidos NÃO estavam se deliciando com uma experiência mística que os levasse a rejeitar a própria mente ou a teologia. O anti-intelectualismo e a plenitude do Espírito são mutuamente incompatíveis, pois o Espírito Santo é o Espírito da Verdade. Esses primeiros discípulos também não pensavam que, devido ao fato de terem recebido o Espírito Santo, esse era o único professor de que precisavam, podendo dispensar os mestres humanos. Pelo contrário, eles se assentavam aos pés dos apóstolos, ansiosos por receberem instruções, e nisso Perseveravam. Mas que isso, a autoridade didática dos apóstolos, à qual se submeteram, era autenticada por milagres: "muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos” (v. 43). “As duas referências aos apóstolos, no versículo 42 (a Doutrina deles) e no versículo 43 (e os Prodígios de Deus por intermédio deles), dificilmente podem ser acidentais. Considerando que o ensino dos apóstolos chegou até nós em sua forma definitiva por meio das Escrituras no caso o Novo Testamento, a devoção contemporânea ao ensino apostólico significa" a submissão à autoridade Absoluta do Novo Testamento. Uma igreja cheia do Espírito Santo é uma igreja Neo Testamentária, no sentido de que ela estuda o Novo Testamento e se submete às suas instruções. O Espírito Santo de Deus leva o povo de Deus a se submeter à Sua Palavra.
2- Um Amor Verdadeiro - vs. 44 e 45
“Todos os que creram estavam juntos, e tinham tudo em comum” (Koina). “Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o seu produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade”.
O texto de Atos é claro eles Perseveravam, na comunhão (koinonia). Koinonia (de koinós, "comum") testemunha a vida comunitária da igreja em dois sentidos. Primeiro, o termo expressa o que compartilhamos. A saber; o próprio Deus, pois, "a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo", e há a comunhão do Espírito Santo”. Segundo, koinonia também expressa o que partilhamos uns com os outros, tanto o que damos como o que recebemos. Koinonia é a palavra que Paulo usou para a oferta que recolheu entre as igrejas gregas, e koinonikos é a palavra grega para "Generoso". É a isso, especificamente, que Lucas está se referindo aqui, pois ele continua descrevendo como esses primeiros cristãos compartilhavam suas propriedades uns com os outros, (vs. 44 e 45). Podemos dizer que esses versículos são um pouco perturbadores. Pois será que cada crente e cada comunidade cheia do Espírito Santo deve seguir literalmente esse exemplo? A Resposta é Não, É importante notar que até mesmo em Jerusalém a comunhão de propriedades e bens era voluntária. De acordo com o versículo 46, eles partiam pão de casa em casa. Evidentemente, portanto, muitos ainda possuíam casa; nem todos as tinham vendido. Vale também notar que ambos os verbos no versículo 45 estão no tempo imperfeito, O QUE INDICA QUE A VENDA E A PARTILHA ERAM OCASIONAIS, EM RESPOSTA A NECESSIDADES ESPECÍFICAS, NÃO FEITAS DE UMA SÓ VEZ. Além disso, o pecado de Ananias e Safira, descrito em Atos 5, não foi a ganância ou o materialismo, mas sim, a fraude; não foi o fato de terem ficado com parte do produto da sua venda, mas o fato de o terem feito, fingindo que estavam dando tudo, achando que poderia enganá-los enganando assim o próprio Deus. Pedro deixa isso bem claro quando diz: "Conservando-o, porventura, não seria teu? E vendido, não estaria em teu poder? "(5. 4).
Ao mesmo tempo, apesar de a venda e a partilha serem voluntárias, e de todo cristão precisar tomar decisões conscientes diante de Deus quanto a essa questão, todos somos chamados à generosidade, especialmente aos domésticos da fé, e também em relação aos pobres e necessitados que faziam parte da “Igreja”. No Antigo Testamento havia uma forte tradição de cuidado pelo pobre, e os israelitas deviam dar um décimo de sua renda: "ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva." Como os crentes cheios do Espírito Santo poderiam dar menos? Esse princípio é mencionado duas vezes em Atos: "distribuindo... à medida que alguém tinha necessidade" (v. 45), e "nenhum necessitado havia entre eles... se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade" (4. 34 e 35).
E, como João escreveria posteriormente: “se nós temos algum bem material e vemos um irmão em necessidade, mas não compartilhamos o que possuímos com ele, como podemos afirmar que o amor de Deus permanece em nós?” (I Jo. 3. 17), assim podemos afirmar que: “A Comunhão Cristã é Cuidado Cristão, e Cuidado Cristão é Compartilhamento do Amor Cristão”.
3- Uma Adoração Verdadeira - v. 42
"Perseveravam... no partir do pão e nas orações" (v. 42). Ou seja: a comunhão era expressa não somente no cuidado mútuo, mas também no Culto Coletivo. Mais que isso: os artigos definidos nas duas expressões (literalmente, "o Partir do Pão e nas Orações") sugerem de um lado, uma referência à ceia do Senhor (embora seja quase certo que, naquele primeiro estágio, fazia parte de uma refeição maior) e, do outro, cultos ou reuniões de oração (mais do que orações individuais). Há dois aspectos do Culto da Igreja Primitiva que exemplificam seu equilíbrio:
Primeiro, era formal e informal, pois era realizado tanto no templo como de casa em casa (v. 46), o que é uma combinação interessante. Pode causar surpresa o fato de terem continuado a usar o templo, mas usaram. Eles não abandonaram imediatamente o que poderíamos chamar de Igreja institucionalizada. Creio que eles não participavam mais dos sacrifícios do templo, pois já haviam compreendido que todos os sacrifícios foram completos e encerrados com o sacrifício de Cristo. Mas parece que participavam dos cultos de oração no templo (3. 1), a não ser que, como se sugere, fossem ao templo para pregar, e não somente para orar. Ao mesmo tempo, complementavam os cultos do templo com reuniões mais informais e espontâneas (que incluíam o partir do Pão) em suas casas.
Segundo o equilíbrio no culto da igreja primitiva está no fato de ele ser Alegre e Reverente. Não se pode duvidar da alegria deles; está escrito que tinham: “Alegria e Singeleza de Coração” (v. 46), que significa literalmente "em exultação [agalliasis] e Sinceridade de Coração". Deus havia enviado Seu Filho ao mundo, e agora Ihes enviava o Seu Espírito. Eles tinham muitos motivos para se alegrarem. Além disso, "o fruto do Espírito é... Alegria", às vezes, uma alegria mais desinibida do que aquela que se vê (ou, até, se aceita dentro das tradições sóbrias das igrejas históricas). Mas cada culto de adoração deveria ser uma alegre celebração dos atos poderosos de Deus por intermédio de Jesus Cristo. O culto público pode ser majestoso, mas é imperdoável que seja sem vida e enfadonho. Ao mesmo tempo, a alegria deles nunca era irreverente. Se a alegria do Senhor for uma obra do Espírito Santo, o temor do Senhor também será autêntico. Pois: “Em cada alma havia temor” (v. 43), isso parece incluir tanto cristãos como não cristãos. Deus havia visitado a cidade; estava no meio deles, e eles sabiam disso, o véu que separava já não separa mais: curvavam-se diante d’Ele com humildade, maravilhados.
4- Uma Evangelização Ativa e Crescente
A Comunhão, Adoração e na Evangelização da igreja de Jerusalém, era percebida, pois eles perseveravam nessas três áreas. Já se pregaram dezenas de milhares de sermões sobre At. 2. 42, e isso ilustra muito bem o perigo de isolar um texto de seu contexto. Sozinho, o verso 42 apresenta um quadro muito incompleto da vida da igreja. É preciso acrescentar o versículo 47 b: “enquanto isso, acrescentava-Ihes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. Aqueles primeiros cristãos de Jerusalém não estavam preocupados em estudar, compartilhar e adorar a ponto de esquecerem de evangelizar. Pois o Espírito Santo é um Espírito Missionário que Criou uma Igreja Atuante e Missionária. Como Harry Boer expressou em seu livro desafiador, Pentecost And Missions, Atos "É governado por um tema dominante que prevalece sobre todos os outros e controla todas as coisas. Esse tema é a expansão da fé através do testemunho missionário no poder do Espírito Santo... O Espírito Santo leva a igreja a testemunhar lncessanternente e os Testemunhos fazem com que igrejas surjam continuamente. A Igreja é uma Agência Dinâmica, Atuante e Missionária."
Podemos aprender três lições vitais sobre evangelização da igreja local com esses primeiros crentes de Jerusalém.
Primeiro: Foi o Senhor (ou seja, Jesus) quem fez: “acrescentava-Ihes o Senhor”. Sem dúvida, Ele o fez por meio da pregação dos apóstolos, do testemunho dos membros da igreja, do amor impressionante na vida comunitária deles e do exemplo de todos, pois estavam: “louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo” (v. 47a)
Segundo: Jesus fez duas coisas ao mesmo tempo: Ele acrescentava... Os que iam sendo salvos (o particípio presente sozoménous indica algo atemporal ou enfatiza que a salvação é uma experiência progressiva que culmina com a glorificação final). Ele NÃO os acrescentou à igreja Sem salvá-los (no começo, não havia cristãos solitários). Salvação e Participação na Igreja Andavam Juntas; e Deve continuar Andando.
Terceiro: o Senhor acrescentava pessoas dia a dia. O verbo está no imperfeito ("continuava acrescentando"), e o advérbio ("Diariamente"), que indica Constancia não deixa nenhuma dúvida. A Evangelização Não Era um Ato ou Uma Atividade Isolada ou Ocasional e Nem Muito Menos Esporádica da Igreja Primitiva. Eles não organizavam campanhas quinquenais ou decenais (campanhas são boas, conquanto que não passem de episódios dentro de um programa contínuo). Não, o culto deles era Diário (46 a), e assim também o testemunho. O Louvor e a Proclamação eram o Transbordamento Natural de Corações Cheios do Espírito Santo. Eles buscavam as pessoas de fora continuamente, e então os convertidos eram acrescentados continuamente. Precisamos recobrar essa expectativa de crescimento constante e ininterrupto da igreja.
Considerações Finais:
Amados irmãos analisando esses efeitos da primeira comunidade cristã que foi cheia do Espírito Santo, fica evidente que todos eles se preocupavam com os relacionamentos dentro e fora da igreja:
Primeiro: Estavam relacionados aos apóstolos (em Submissão). Estavam ansiosos para receber as instruções deles. Uma igreja cheia do Espírito Santo é uma igreja apostólica, uma igreja neotestamentária, ansiosa para crer naquilo que Jesus e Seus apóstolos ensinaram, pronta para obedecer.
Segundo: Estavam ligados uns aos outros (em Amor). Eles Perseveravam na Comunhão, Amparando-se Mutuamente e ajudando os pobres nas suas necessidades.
Terceiro: Estavam ligados a Deus em Adoração. Eles o adoravam no templo e em casa, nas ceias do Senhor e nas orações, com alegria e reverência. Uma igreja cheia do Espírito Santo é uma igreja que cultua.
Quarto: Eles estavam ligados ao mundo (em Evangelização). Eles estavam engajados numa evangelização contínua. Nenhuma igreja egocêntrica, auto-suficiente (absorvida em seus próprios negócio e interesses) pode afirmar que está cheia do Espírito Santo. Pois o Espírito Santo é um Espírito Missionário.
Assim termino perguntando: O QUE É A IGREJA DO SENHOR? A igreja de Cristo é um corpo em Cristo? A comunidade que temos aqui em nossa igreja é um corpo em Cristo? E o os Efeitos de Pentecostes Podem ser vistos aqui em nossa igreja? E o Que nós como Igreja podemos Fazer para Ser como a Igreja Primitiva? Que nossas respostas encontrem a confirmação do Espírito Santo. Amém.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
Tema: A Relação Entre Família e a Igreja
Texto: Romanos 16. 3 a 16 e Josué 24. 15
“Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Js. 24. 15
Introdução:
Família e Igreja são instituições divinas, que foram criadas e são sustentadas por Deus, ambas nasceram no coração de dEle, e é por isso que elas precisam viver em perfeita integração, interação e harmonia. Não há a menor dúvida que qualquer dificuldade enfrentada no Lar tem seus reflexos direto na vida da Igreja. Mas, quando há entrosamento entre Lar e Igreja, há, também, crescimento espiritual na Família e na Igreja, a qual promovem bases sólidas para vivenciar a Fé no dia-a-dia. Quando, porém, Família e Igreja são realidades distintas, e até opostas, os problemas tomam grandes proporções, que muitas vezes são desastrosos.
Veremos neste breve estudo, o que a Igreja Pode Fazer pelas Famílias e também Quais as Responsabilidades da Família Para com à Igreja.
1 - Como a Igreja Pode Servir às Famílias - O Que a Igreja, Que é o Corpo de Cristo, Pode Fazer em Benefício da Família?
1.1- Levando a Família a uma Vida de Adoração Sincera a Deus – Jo. 4. 23; I Co.14. 26; Sl. 103. 1 e 2.
O culto é uma excelente e rica oportunidade para a Família estar junta
adorando a Deus. Adorar é expressar ao SENHOR o louvor que vem de dentro do coração, reconhecendo a soberania de Deus, refletido também em palavras e em obras, agradando-O por tudo o que Ele representa para nós.
1.2- Exercendo Uma Função Pedagógica - Dt. 6; Sl. 19; 113. 4 a 7; 115; João 17. 3.
Se você não a frequenta assiduamente a Igreja, você deixa de receber ensino. A Igreja ensina os filhos sobre Deus e acerca das grandes doutrinas das Escrituras. Pois os conceitos sobre Deus, pregados em nossos dias por homens que não O conhecem, são os mais variados e absurdos. A igreja, no entanto, possui a revelação de Deus registrada em Sua Palavra e, baseada nela, ensina quem é Deus, quem é Jesus e Sua relação com o homem.
1.3- Sendo Um Ambiente Onde as Tensões da Vida São Aliviadas – Sl. 73. 13 a 17 e Mt. 11. 28 a 30
Pregar que Jesus alivia as cargas humanas e que dá descanso ao pecador, concedendo-lhe um fardo leve e suave como foi prometido por Jesus, esse é o lema da Igreja Verdadeira.
Muitas famílias vêm para a igreja e que aceitam a Cristo chegam tremendamente machucadas, desestruturadas e falidas, por vários motivos: decepções, vícios em drogas, alcoolismo, infidelidade, dívidas, enfermidades e etc. Contudo, Jesus lhes oferece cura e restauração pelo poder da Sua Palavra. Mt. 12. 18 a 21. O acolhimento amoroso e correto por parte dos membros da Igreja proporcionam a cura e promovem a comunhão.
1.4- Sendo Ambiente Que Proporcione Amizade e Comunhão - At. 2. 46 e 47
Na igreja Primitiva, o fator casa era relevante: “partiam o pão de casa em casa”. E, como resultado a Igreja era Bem Quista e Simpática. As famílias, mesmo em meio à perseguição, compreendiam o valor dessa comunhão. Por isso hoje, há a necessidade de aceitar a Cristo como Senhor e Salvador. Aceitando-O a pessoa passa a pertencer à grande família de Deus. Sem Jesus Cristo ocupando a direção da vida, sendo a primazia do coração, o alvo primeiro da adoração, ninguém se torna filho de Deus, mas continua sendo apenas criatura de Deus. Só é filho de Deus aquele que crê (no sentido de entrega total a Jesus, porque os demônios também creem - Tg. 2. 19, mas não são filhos de Deus) em Jesus e por um ato de Fé sincera O convida a entrar em seu coração, Jo. 1. 12. A Igreja deve sempre proporcionar um melhor preparo às famílias, para que possam enfrentar o mundo com mais confiança em Deus, determinação e discernimento.
2- Qual a Contribuição da Família à Igreja – O Que a Família Pode Fazer Pela Igreja?
As famílias precisam Amar a Igreja e Cooperar Para Que Haja Comunhão, Prosperidade e Crescimento Espiritual e Numérico. Com Isso Crescerão Juntamente Com Ela. O Novo Testamento contém Alguns Exemplos de Famílias Ativas na Igreja Primitiva:
1- A família de Priscila e Áquila, Rm. 16. 3 a 5 a. (a Igreja que estava em sua casa);
2. A família de Aristóbulo, Rm. 16. 10; de Narciso, v.11, e outras, no v.15;
3. A casa de Maria, mãe de João Marcos era lugar de reuniões de oração, At. 12. 12;
4. Em Filipos, Lídia e sua família recém-convertida (onde nasceu a Igreja de Filipenses) – At. 16. 14 e 15.
2.1- Responsabilidades da Família para Com a Igreja
A) Participação Assídua Nos Cultos e Reuniões, Hb. 10. 25. A frequência aos trabalhos Resultará em Crescimento Espiritual, em Maturidade, Desenvolvimento da Fé e Contribuirá para o Crescimento da Igreja como um todo.
B) Envolvimento Nos Projetos e Na Liderança – Cada pessoa que se torna filho de Deus em Jesus, recebe do SENHOR Talentos específicos e Dons do Espírito Santo para utilizá-los, visando o crescimento do Corpo de Cristo. Efésios 4. 11 a 16. Afinal, a Igreja é uma Comunidade que Precisa Contar com a Participação de Seus Membros em Todos os projetos de Trabalho.
C) Dando Bom Testemunho Para Com os Familiares, Amigos, Vizinhos e Colegas de Trabalho - Levando-os ao conhecimento do SENHOR JESUS por meio de seu testemunho e da pregação da Palavra e os levando para a Igreja, que certamente não será difícil em virtude do seu bom Testemunho. (Uma família que não é bem quista por seus visinhos e nem pelos seus familiares, que dão mal testemunho, que vivem criando caso com todos ao seu redor, são instrumento do diabo para afastar as pessoas de Deus e da Igreja).
Vejam uns exemplos:
- Em I Pe. 3. 1- As mulheres são exortadas a ganhar seus maridos sem palavras, por meio de um bom procedimento.
- Paulo diz ao jovem Timóteo que se lembrava de sua Fé Sincera, a mesma Fé que sua avó Lóide e sua mãe Eunice tinham, dando-nos a entender que Timóteo seguiu o exemplo de suas progenitoras, II Tm. 1. 5.
- A salvação da família do carcereiro de Filipos aconteceu por uma iniciativa dele após sua conversão. A seguir, todos os outros membros deram o mesmo passo, At.16. 31 a 34.
Considerações Finais:
Amados irmãos este assunto é muito rico, mas não me delongarei mais, pois creio que, o que vimos hoje seja o suficiente para nos levar a uma reflexão quanto a nossa família e, qual tem sido o seu papel onde ela está inserida, então quero terminar este breve estudo fazendo as seguintes perguntas:
1- Qual Tem Sido o Papel da Sua Família no Crescimento da Igreja local Onde Vocês São Membros?
2- Que Contribuição Você, Seus Filhos e Familiares Têm Dado Para o Reino de Deus?
3- O Tempo Que Vocês Têm Separado Para a Igreja Tem Atendido As Necessidades da Sua Família e da Igreja?
4- Você Enquanto Igreja Tem Cumprido Seu Papel Para Melhorar Ou Estimular Um Bom e Agradável Relacionamento Entre as Famílias de Sua Igreja e dos Seus Vizinhos?
5- O Que a Nossa Igreja Enquanto Instituição e Organização Pode Fazer Para Melhorar a Relação Das Famílias Entre Elas e Também Para Com a Igreja?
Tema: Bíblia Um Livro Extraordinário!
Texto: II Timóteo 3. 16 e II Pedro 1. 20 e 21.
- Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça. II Tm. 3. 16
- Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo. II Pe. 1. 20 e 21.
Introdução:
A Bíblia é o livro mais extraordinário que a humanidade já conheceu, e certamente é o livro de Deus por Excelência. E o que a diferencia dos demais livros, é justamente a Sua Origem: “E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo”. II Pe. 1. 19 a 21. E também a Sua inspiração que são Divinas. “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça”. II Tm. 3. 16. Nenhum outro livro na face da terra possui um testemunho tão valioso e uma luz tão brilhante quanto á Bíblia. Sua Autoridade, Inerrância e Infalibilidade se encontram nas entrelinhas de cada versículo, de cada palavra, de cada profecia, de cada promessa.
Como cristãos é importante que reconheçamos a necessidade que temos de compartilhar Cristo com outras pessoas e de levá-las a Seus pés. No entanto, muitas vezes, não temos os fundamentos necessários para derrubar seus argumentos mentais e espirituais, porque nos falta o conhecimento básico da Palavra de Deus, veja o que o profeta Oseías falou no capt. 4 vers.6: “O Meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de Mim; visto que te esqueceste da Lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”.
Cada uma das verdades que há nas Escrituras, nos dá um profundo conhecimento de Deus e é por meio delas que podemos nos firmar na rocha que é Cristo. A razão pela qual você precisa conhecer a Palavra é para que tenha uma vida vitoriosa, em plenitude, e cumpra com o propósito que Deus tem para você.
1- O Que a Bíblia É?
A palavra Bíblia vem do grego Biblos que significa livro. Considerava-se que esses escritos formavam por si mesmos um conjunto concreto e determinado, sendo superiores às demais obras literárias existentes. Assim, a Bíblia é conhecida como “As Sagradas Escrituras”, conteúdo que a eleva à categoria de livro extraordinário e o é por excelência.
Ela contém a história da Salvação, desde a criação do mundo feita por Deus até as profecias da segunda vinda gloriosa de Jesus, o Filho de Deus. Podemos, para um melhor entendimento, caracterizá-la como uma “Grande e Extraordinária Carta” que enviada por Deus a todos os Seus filhos. Nesta carta contém o plano que Deus preparou para cada um de nós. Assim, a Bíblia pode ser definida como o livro sagrado que é a Palavra de Deus escrita por diferentes autores mediante a revelação do Espírito Santo.
A definição canônica de Bíblia é a revelação de Deus a humanidade, (II Tm. 3. 16 e II Pe. 1. 21). Ela é Sagrada porque Contém a Autoridade e Inspiração Divina.
2- Qual a Sua Necessidade?
Como a Bíblia é a revelação escrita de Deus aos homens, embora Ele também tenha se revelado por meio de Suas obras, isto é, a criação, (Sl. 19. 1 a 8, Rm. 1. 20). Mais é na Palavra Escrita de Deus, que temos uma revelação especial e muito maior. E em Cristo, que é a Palavra de Deus Viva e encarnada, (Jo. 1. 1). E esta revelação tornou-se necessária e fundamental ao homem depois da queda.
3- Como Ela Foi Escrita?
A Bíblia foi escrita ao longo de 16 séculos, por cerca de 40 autores diferentes, nas mais diferentes condições e épocas, mas foi inspirada unicamente por Deus. Deus usou pessoas como Seus instrumentos para transmitir a Sua grandiosa mensagem.
Cada escritor manifestou seu próprio estilo e características literárias. Entretanto, há na Bíblia um só plano ou projeto, que de fato mostra a existência de um só autor divino, guiando os escritores.
Seu início ocorreu antes da vinda de Cristo, com as chamadas “Traduções Orais”, que vem a ser as histórias que uns contavam a outros. Por volta de muito tempo atrás, os chamados escribas decidiram “passar para o papel” essas histórias. Com isso, pouco a pouco, a Bíblia foi sendo formada. Ela foi terminada de ser escrita por volta do ano 100 d.C., com o Apóstolo João, (que escreveu o Apocalipse).
4- Como Ela é Formada?
A Bíblia é formada por 66 livros sagrados ou canônicos. Desses 66 livros sagrados, 39 constituem o conjunto de livros do Antigo Testamento e 27 constituem o conjunto dos livros do Novo Testamento. Podemos afirmar então, que a Bíblia é dividida em duas grandes partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. A palavra Testamento significa Aliança ou Pacto.
Cânon é um grupo de livros da Bíblia aceitos como escrituras por estarem de conformidade com os padrões de inspiração divina. Vem do grego “kanon”, que significa uma regra para medir, que metaforicamente é um padrão ou regra de conduta.
As duas divisões são naturais e representam 02 pactos, (Jr. 31. 31 e Hb. 8. 13). A divisão do texto Bíblico em capítulos e versículos que temos hoje, não vem do original. A primeira Bíblia que trouxe essa divisão foi a Vulgata em 1555.
5- Quais os Idiomas Que Foram Usados para Escrever a Bíblia?
Foram usados três idiomas: Hebraico, Aramaico e Grego.
O Antigo Testamento foi totalmente escrito em hebraico. Já, o Novo Testamento, foi escrito a maior parte em grego e uma pequena parte em aramaico, (que vem a ser um dialeto do hebraico). Por curiosidade, o idioma que Cristo falava era o aramaico.
6- Como Podemos Interpretar a Bíblia?
A interpretação da Bíblia é algo muito importante, e NÃO devemos interpretá-la de qualquer modo, ou ao nosso bel prazer. Ao ler a Bíblia, devemos orar para que o Espírito Santo nos revele as verdades nEla contidas, pois a Bíblia se interpreta por Ela mesma.
O mundo é repleto de seitas e religiões que pregam a livre interpretação. Essa atitude desregrada e causa o que vemos ao nosso redor.
7- Qual é o Tema Central da Bíblia? – Jesus é o tema central da Bíblia. (Rm. 11. 36).
Considerações Finais:
Para terminar quero deixar claro que devemos ter a plena e absoluta convicção quanto ao valor da Palavra de Deus em Nossa Vida, pois a Palavra de Deus possui um valor inestimável, que certamente pode mudar a nossa história. Como disse o sábio: “Toda palavra de Deus é pura; Ele é um escudo para os que nele confiam”. (Pv. 30. 5). Sendo assim é fundamental conhecê-la e saber aplicá-la ao nosso dia-a-dia.
A Palavra do Senhor é responsável pelo funcionamento de todas as coisas. Isso não significa que necessariamente tudo o que acontece é porque Deus quer, mas com certeza tudo passa pelo Seu conhecimento. E para desenvolver uma boa intimidade com Deus é necessário que conheçamos bem a Sua Palavra. Ela é o “manual” que nos dirige no caminho de revelação do Eterno, Ela é nosso Norte, e é nEla que buscamos a vontade soberana de Deus, e é por Ela que Deus se revela e nos fala, e é Ela que não volta vazia quando é pregada corretamente. É por tudo isso que: Bíblia É Um Livro Extraordinário! Amém.
Tema: A Missão Não É Onde Eu Acho Melhor ou Onde Tudo Está Dando Certo!
Texto: Atos 8. 1 a 8 e 26 a 40 - (Antes Ler At. 2. 42 a 47). Introdução:
No relato de Lucas no livro de Atos 2. 42 a 47, ele fala do inicio da igreja e como seus membros trabalhavam e como eram aceitos, nestes relatos percebemos como a Igreja era ativa, envolvente, atraente e atuante e como ela era bem vista pela sociedade, ao que parecia, tudo era o que podemos dizer: “Um Mar de Rosas”, o evangelho crescia de uma forma jamais vista, mas isso estava acontecendo apenas em Jerusalém, e este não era os planos de Jesus para com o Seu Evangelho, diante dessa situação Deus promove uma grande perseguição contra a Igreja que começava a surgir, pode parecer um contra senso, pois se a responsabilidade de pregar o Evangelho é da Igreja, então porque persegui-la, mas é exatamente ai que percebemos a grandeza do amor de Deus, pois a perseguição foi o Seu instrumento para que o Evangelho saísse de Jerusalém e fosse pelo mundo a fora, pois essa foi a Ordem que Jesus deixou para Seus discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...” (Mt. 28. 19).
Essa perseguição que parecia o fim daquele projeto chamado Igreja, tornou-se a mola propulsora para a disseminação do Evangelho e o Crescimento da Igreja, e é neste contexto que conhecemos um jovem que ficou acomodado, ele não se conformou e nem se deixou levar pela murmuração, ou ficou na choramingação e na reclamação, esse jovem é Filipe um jovem que não abriu mão das oportunidades que lhes foram apresentadas, e nenhuma delas foi fácil e tranquila, mas ele não se intimidou e partiu sem medo e sem reclamar, pois bem sabia que Jesus não o abandonaria, e é nas experiências de Filipe que vamos nos espelhar, então vejamos:
Para abordarmos o assunto sobre quem foi Filipe na Bíblia, primeiramente é necessário saber que o Novo Testamento menciona quatro personagens diferentes com esse nome. Dois deles estão relacionados à casa de Herodes, o Grande, enquanto os outros dois estão diretamente ligados a Igreja Primitiva, sendo um o Apóstolo Filipe e o outro Filipe, o Evangelista.
1- A Confusão Entre Filipe Apóstolo e Filipe Evangelista
Na verdade, muitos cristãos não sabem que existe diferença entre o Filipe Apóstolo e o Filipe Evangelista, e acabam confundindo os dois, juntando a história distinta de ambos em uma única história. Esse equívoco não vem de hoje, já há relatos da época dos pais da Igreja onde se nota essa confusão. Eusébio e Clemente de Alexandria foram dois dos que parecem ter confundido os Filipes.
Mas Lucas, no livro de Atos dos Apóstolos, teve a preocupação em fazer a correta distinção entre ambos. Um texto interessante sobre essa questão está no capítulo 8 do livro de Atos. Após a morte de Estevão, Lucas narra nesse capítulo que houve uma grande perseguição contra os cristãos de Jerusalém. No versículo 1, ele descreve que “todos, exceto os Apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria” (At. 8. 1). No versículo 4, deixa claro que “os que haviam sido dispersos pregavam a palavra por onde que fossem”. Já no versículo seguinte, encontramos a informação de que Filipe estava indo para uma cidade de Samaria (At. 8. 5). Perceba a evidente distinção que Lucas faz ao afirmar que, “exceto os Apóstolos”, todos foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria. Nessa dispersão, estava o Filipe que aparece no versículo 5, que obviamente não é o Filipe Apóstolo, já que os Apóstolos permaneceram em Jerusalém.
Então vamos conhecer um pouco deste homem brilhante que entendeu que o evangelho deve ser levado a todos os lugares e a todas as pessoas independentemente quem são ou onde estão:
2- Filipe o Evangelista
Filipe, o Evangelista, foi um dos sete homens escolhidos como diáconos da Igreja de Jerusalém (At. 6. 1 a 6). Devido à perseguição contra a Igreja liderada por Saulo de Tarso após o martírio de Estêvão, Filipe estava entre os cristãos que se dispersaram, fugindo de Jerusalém para regiões da Judéia e Samaria. Em Samaria, Filipe se destacou na evangelização. Durante sua pregação do Evangelho, muitos milagres ocorreram e demônios foram expulsos (At. 8. 7). “Então, houve grande alegria naquela cidade, e muitas pessoas foram batizadas” (At. 8. 12), pois onde o Evangelho entra, ele muda tudo para melhor. As notícias do trabalho evangelístico realizado por Filipe chegaram até os Apóstolos em Jerusalém, que acabaram enviando para lá Pedro e João para checar o que realmente estava acontecendo (At. 8. 14).
Mais tarde, Filipe, seguindo a ordem de um anjo do Senhor, partiu em direção ao sul, para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza. Ali, ele encontrou um eunuco etíope, a quem orientou acerca da fé em Jesus, anunciando o Evangelho de Cristo explicando uma passagem do livro do Profeta Isaías. Neste episódio aprendemos que:
2- A Missão Não É Onde Eu Acho Melhor ou Onde Tudo Está Dando Certo – Vers. 4 a 8 e 26.
É de se notar que o Evangelho estava sendo bem aceito em Jerusalém, isso nos leva a pensar: “Se o evangelho está indo de vento em popa, então porque Deus está permitindo essa perseguição”, mas para quem tem consciência do que Jesus fez, e sabe da ordem dada por Ele, não importa a situação o Evangelho deve ser levado por onde formos, por onde andarmos.
Por isso quando chegou à perseguição, Filipe não apenas foi buscar refugio em Samaria, mas ele não perdeu seu tempo com reclamação ou choramingação, ele não se deixou levar pelas dificuldades que estava enfrentado, ele partiu para a sua missão, ele começou a pregar o Evangelho e foi grandemente usado e abençoado, ele entendeu que nem sempre onde eu acho que é o melhor lugar, ou onde tudo está indo bem como em Jerusalém é o lugar onde devo estar pregando o Evangelho. Seu trabalho foi tão extraordinário que a noticia chegou aos ouvidos dos apóstolos, fato esse que foi necessário enviar Pedro e João para checar e comprovar o que de fato estava acontecendo (Vers. 25).
Por isso amados irmãos não devemos nos acomodar, nem muito menos ficar criando dificuldades onde não existe, não devemos ficar choramingando ou reclamando, achando que tudo é difícil, lembre-se Deus criará situações para que possamos levar Seu Evangelho a todos os lugares e todas pessoas.
3- A Consciência da Missão Me Leva a Uma Vida de Intimidade Com Deus - Vers. 26 a 30.
Mais uma vez quando estava dando certo, o Evangelho estava sendo bem aceito, os milagres estavam acontecendo, tudo estava maravilhoso, mas Deus com Seu amor pelas vidas e na Sua presciência convoca Filipe para mais uma missão, que aos olhos humanos não era indicado, pois aquele caminho como muito bem diz no texto “estava deserto”, esse caminho não era muito usual, pois era perigoso, por que ali acontecia muitos assaltos, não era nada conveniente alguém passar por ali sozinho.
Mas aquele que serve a Deus e tem uma vida de dedicação, nunca está só, ele ouve e atende o chamado, pois tem intimidade com Deus. Filipe ou a voz de um anjo enviado por Deus, ele sabia dos perigos, mas ele não titubeou, Filipe mais uma vez deixa o lugar onde estava fazendo um excelente trabalho para ir a um lugar “deserto”, o interessante é que o apostolo Paulo passou por situação muito semelhante a essa, At. 16. 9 (Explicar), Paulo tinha o projeto grandioso ir para Antioquia onde havia muita gente, em Antioquia seria o lugar perfeito para se pregar o evangelho, mas aquele que está conectado com Deus e O serve atende Seu mandado sem perguntar nem como, nem onde e nem porque.
Quando Filipe obedece a convocação do anjo, ele agora passa a ser guiado pelo Espírito Santo (Vers. 29), só quem tem uma vida de intimidade com Deus é capaz de ouvir a voz do Espírito Santo, e quando ouve obedece mesmo que tenha que se esforçar, o texto fala que Filipe teve que correr (Vers. 30), teve se apressar para alcançar à aquele que precisava ouvir a mensagem de salvação, pois ela é urgente, não dá para esperar, temos que correr, temos que nos apreçar, uma vida é muito valiosa para Deus, e nós não podemos desprezar nenhuma alma.
Pergunto ao amado irmão e irmã: Você tem consciência da sua missão, você tem intimidade com Deus? Você tem aproveitado as oportunidades que Deus tem lhe apresentado pra testemunhar de Jesus?
Considerações Finais:
Amados irmãos algumas coisas tem me incomodado, e fico me perguntando: Será que não estamos acomodados, será que temos uma vida de intimidade com Deus que nos leve a ouvir e obedecer ao Seu chamado, será temos aproveitado as oportunidades que Ele nos tem dado? Irmãos eu não sei se você tem feito essas perguntas, não se elas te incomodam, mas uma coisa eu sei é que não podemos mais ficar alheios a essas perguntas e nem muito menos sem as respostas adequadas, pois o nosso Deus está agora fazendo essas perguntas pra você, qual vai ser a sua resposta?
Pois Ele nos tem aberto tantas portas para evangelizar aqueles que precisam, vejam que de imediatos temos a distribuição de alimentos todas as quintas-feiras, tem as segunda no Pão e Vida, quarta e sexta na praça, amados será que essas oportunidades devem ser deixadas de lado, devem ser desconsideradas, irmãos do que adianta falar e levantar ofertas para missões se temos desprezado as oportunidades que Deus nos dado aqui mesmo do nosso lado, no nosso quintal.
Portanto meus amados irmãos vamos à luz do texto e na Iluminação do Espírito Santo, fazer como Filipe, com coragem, determinação e disposição, por onde quer que andarmos vamos levar a grandiosa mensagem do Evangelho transformador de Jesus em todo os lugares e a todas as pessoas. Amém.
Tema: Jovem Faça a Diferença, Essa é a Grande Sacada!
Texto: I Timóteo 4. 12 a 16
“Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza”.
Introdução:
É muito comum ouvir na igreja a afirmação que as crianças e os jovens são a igreja de amanhã, mas o que esquecemos é que eles só serão a igreja de amanhã se eles forem a igreja de hoje, é por isso que temos que investir neles hoje, agora, caso contrário jamais serão a igreja de amanhã, pois isso não acontece num passe de mágica.
Portanto amados irmãos vamos investir neles hoje, agora, essa geração depende muito de nós, pois não adianta esperar deles um envolvimento maior com o Evangelho de Cristo sem que os ensinemos; ao exemplo dos jovens que compunham as gerações passadas, que Fizeram a Diferença e se tornaram mola propulsora para o crescimento do Reino de hoje.
Amados jovens muito embora vivamos neste mundo, mas não somos deste mundo, fazemos parte dele, mas isso não significa que temos que andar segundo os seus padrões, segundo as regras de comportamento que as pessoas adotaram como estilo de vida.
Sabemos que ser diferente está cada dia mais difícil, hoje tudo é mais “fácil”, as coisas chegam até vocês com total liberdade e sem filtro, a TV, a Internet, o Celular e as Redes Sociais, tudo isso os torna dependentes de um novo estilo de vida e de um modismo desenfreado, e quando menos se espera, estão agindo como pessoas que não conhecem a CRISTO, os novos padrões de relacionamentos, que são totalmente anti-bíblico passa a ser legal e aceitável, ir a lugares que antes achávamos que não edificava, hoje não importa mais, comentar sobre a vida dos outros, levantar falso testemunho, e assim este novo padrão que fere frontalmente a Palavra de Deus torna-se aceitável e comum para os cristãos e em especial para os jovens que acaba por aceitar tudo como normal.
Amados jovens ser igual aos jovens deste mundo é para os fracos. O que nós como jovens que conhecemos a Cristo estamos fazendo para mudar o ambiente onde estamos, será que nos estamos sendo testemunhas de Cristo, ou será que estamos agindo de acordo com os padrões decaídos deste mundo?
No exemplo do jovem Pr. Timóteo que era discípulo de Paulo, vemos nestes versículos Paulo exortando a Timóteo de como deveria ser sua conduta. Timóteo foi jovem como nós, tinha seus conflitos internos, seu pai era grego, sua mãe era judia, ele tinha influencias que não proviam de Deus, isso certamente poderia afastá-lo da verdade, mas ele preferiu, ele escolheu ser diferente e servir a Cristo, e então Paulo começa e instruí-lo de que forma ele deveria andar. Jovens o seu desafio é Ser e Fazer a Diferença, POIS ESSA É A GRANDE SACADA!!! Para isso quero sugerir Alguns passos para que você possa Ser e Fazer a Diferença a onde estiver!
1- Tenha Cuidado de Você Mesmo – Vers. 16 a.
Muitas vezes somos negligentes conosco mesmo, e isso nos torna muitas vezes ser o maior obstáculo, portanto temos que aprender dizer não todos os dias para os prazeres mundanos, negar nossa vontade, vigiar nosso pensamento, nosso olhar, nossa fala, temos que ter zelo, cuidado de nós, o apostolo Paulo advertiu Timóteo: “tende cuidado de ti mesmo”, Paulo sabia muito bem da vital importância do cuidado para consigo mesmo, creio que isso é uma forma de autopreservação, e você meu jovem irmão precisa entender isso e por em pratica essa dica tão importante, portanto cuide de você.
2- Conheça Bem a Palavra de Deus – Vers. 13 a.
O conhecimento é meio pelo qual saímos da escuridão da ignorância, é por meio do conhecimento que adquirimos que teremos como ensinar as pessoas. A dúvida é muito comum aos jovens, as polemicas, por isso única forma de ensinar esses jovens a serem exemplos, a andar nos caminhos de JESUS é conhecendo bem a Palavra de Deus, como nós podemos falar de alguém se antes não tivermos o conhecimento de quem é realmente esse Deus o qual estamos falando, o conhecimento da Palavra de Deus deve uma realidade na nossa vida cotidiana.
3- Renuncie As Vontades Próprias – Mt. 26. 39 b
“... Meu PAI se possível passa de Mim este cálice! Todavia, não seja como Eu quero, mas como queres”.
Nosso maior e melhor exemplo é JESUS, um fato que pode nos ensinar muito foi o ocorrido com Jesus, Ele estava ali próximo a ser preso e crucificado, e estava tendo uma conversa muito difícil com DEUS, o Seu pedido foi feito, mas Ele terminou dizendo que era para ser feito a vontade do PAI e não a dEle. Nós temos assim como Jesus renunciar o nosso eu todos os dias, perguntar para SENHOR DEUS qual é a Sua vontade para minha vida, nos policiarmos em tudo o que vamos fazer para ver se minha conduta realmente é a vontade do PAI. Lembre-se meu jovem isso será libertador pra você, pode confiar nisso.
4- Seja Exemplo – Vers. 12 b.
O caminho sugerido por Paulo é incomum até mesmo nos dias de hoje. O normal são os mais velhos servirem de exemplo para os mais novos, mas nesta recomendação Paulo inverte o comum e exige do jovem Timóteo que ele seja diferente, que ela faça a diferença, essa dica na verdade é uma tremenda orientação para todos os jovens em todas as épocas, ou seja, ser uma referência para as “referências” isso mesmo que você está ouvindo é você sendo um referencia. Paulo queria que a vida de Timóteo fosse um exemplo, com uma pregação proclamada ainda que calada, pois o testemunho, as ações sempre falarão mais alto do às palavras. Ele quer que Timóteo seja uma pregação viva, uma realidade aos olhos e não somente aos ouvidos, e faz isso por um único motivo: Deus sabe que em você há um potencial enorme para o Seu Reino.
Acredito que isso seja uma tarefa muito difícil, mas perfeitamente possível, pois Deus não te pede algo que você não tenha condições fazer; então sê exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza é algo que Deus nos pede e nos dá condições de realizar, pois dEle é o: “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade”. Fp. 2. 13.
Não adianta achar que não somos monitorados, mas somos vistos e de certa forma vigiados por onde andamos, as pessoas sabem que servimos a DEUS, e para isso temos que ser exemplo em tudo, para não cairmos em alguma armadilha do inimigo, conhecer bem a Palavra, ver de que forma estamos tratando as pessoas.
5- Reconhecendo e Sendo Grato a Deus Pelo Sacrifício de Cristo Por Nós – João 3. 16.
“Porque DEUS amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha vida eterna”.
O sacrifício de CRISTO por nós não foi e nunca será em vão, DEUS entregou Seu Filho para que hoje estivéssemos aqui, vamos parar de pensar que ninguém nos ama, parar de conflitos internos como: ninguém se lembra de mim, ninguém me liga, ninguém vem na minha casa, ninguém conversa comigo, ninguém me ama, ninguém me entende. Procure essa resposta na Palavra de Deus que você verá com seus próprios olhos o grande amor que DEUS tem por você, e jamais se esqueça do sacrifício dEle por mim e por você, e seja Realmente Grato por esse gesto de um sincero e verdadeiro amor. “Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”. Rm. 5. 8.
Considerações Finais:
Amados irmãos Bíblia está cheia de jovens que marcaram sua história e que são provas de que Deus faz deles seus instrumentos para transformar o mundo. Na nossa história recente também temos prova que os jovens têm muita força: Martin Lutero tinha apenas 31 anos de idade quando as “95 teses” foram afixadas na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Calvino tinha apenas 27 anos de idade quando revolucionou a França ao ponto de ter que fugir para Genebra para não ser preso. Moody (um sapateiro que se tornou um dos maiores Evangelistas do século 19) tinha somente 25 anos quando, em Chicago, sua Escola Dominical tinha mais de 1000 crianças, fato que chamou a atenção nos EUA ao ponto de o presidente americano Abraham Lincoln visitar a escola. Billy Graham, com 30 anos, já havia pregado para mais de 210 milhões de pessoas em 185 países. Martin Luther King Jr. tinha 26 anos de idade quando liderou um movimento contra a desigualdade racial, foi preso e teve sua casa atacada. Tornou-se também a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz.
Amados Jovens Deus conta com você, Ele mostra que mesmo sendo jovem você pode ser usados de uma forma extraordinária. O que lhe cabe agora é confiar se entregar sem reserva, ai você verá o que Deus fará com você e por seu intermédio.
Meus amados jovens vocês tem todas as ferramentas necessárias para Ser e Fazer a Diferença, para mudar a historia da sua vida, da vida dos nossos amigos, do seu local de trabalho, da faculdade e da sua família.
O que falamos hoje são apenas poucos passos que você pode tomar como conduta de vida, e se começar com esses com certeza DEUS acrescentará porção dobrada sobre você. Por isso meus queridos jovens, vamos buscar com toda a força lhe é peculiar ser e fazer a diferença. Você pode contar conosco vamos juntos, temos que ter em mente que sozinhos não conseguimos nada, mas juntos podemos conquistar nas nações em Jesus Cristo. E assim aprenderemos a viver de forma tal que seremos a Diferença, Pois Essa é a Grande Sacada, pois ser igual é para os fracos, qualquer um pode fazer o que eles fazem, mas que tem Jesus é que é um Jovem que vence o mundo, que você meu jovem não seja como qualquer um, mas seja a Diferença, que você Seja e Faça a Diferença, Pois Essa é a Grande Sacada. Amem.
Tema: O Natal e Jesus!
Texto: Isaias 9. 6
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os Seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Introdução:
O mês de dezembro não tem como passar despercebido, a final das contas é uma data muito especial, pois é comemorado o nascimento de Jesus, a maioria das cidades pelo mundo a fora são enfeitadas, casas são decoradas, em fim há toda uma preparação muito especial nesta ocasião.
Mas o relato Bíblico deixa claro que Jesus não nasceu em dezembro muito menos no dia 25, mas apesar de toda essa tradição que não é Bíblica, nós podemos celebrar o nascimento de Jesus, o que não podemos fazer é aceitar e comemorar como ele é apresentado e comemorado.
Vivemos num tempo, que muitos se esquecem do verdadeiro sentido do Natal, contudo, deveriam rever os seus valores, pois muito mais do que apelo comercial, o Natal é alegria, sendo que nesta data comemoramos o nascimento de Jesus Cristo, aquele que veio trazer Paz, Esperança, Alegria e Salvação para a humanidade.
Contudo, muitos, nem por um minuto do dia lembram-se do nascimento do Messias o Salvador do mundo e paradoxalmente lembram mais do Natal comercial (papai Noel) do que do Natal espiritual (Jesus). Sendo esta uma das marcas de nossa sociedade, como bem sinalizou o pastor e professor John Piper: “A marca da cultura de consumo é a redução do ‘ser’ para o ‘ter’.”.
O Natal também se tornou para a maioria das pessoas como a festa onde reúne com familiares e amigos para confraternizações todos os finais de ano. Mesmo que a sociedade caminhe para focos diferentes do real motivo desses costumes, a essência é e será sempre a mesma, celebrar o amor, no nosso casso o amor de Jesus. A verdadeira história do nascimento de Jesus está claramente narrada nos evangelhos, por isso temos que pensar no natal como uma obra única de Deus para a humanidade, isso nos leva a falar sobre: O Natal e Jesus.
1- O Nascimento do Salvador - Lc. 2. 11
“É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”.
José e Maria viajaram de Nazaré para Belém a fim de se cadastrarem. Pois a profecia precisava se cumprir: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel […]” (Mq. 5. 2) Quando José e Maria chegaram em Belém, a casa do pão, não havia lugar para Jesus, o Pão da vida, nascer. Então, Ele nasceu numa estrebaria, um lugar onde os animais eram recolhidos à noite. O Salvador do mundo, o Cordeiro de Deus, nasceu num berço de palha, e não num berço de ouro.
Naquela noite incomparável de Natal, o anjo de Deus proclamou aos pastores que estavam no campo: “Não temas, eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é Cristo, o Senhor.” (Lc. 2. 10 e 11).
O verdadeiro Natal é mensagem do céu que expulsa o medo e entroniza a alegria. O Natal é Deus invadindo a história, trazendo salvação aos pedidos, libertação aos cativos e paz aos aflitos. Jesus é o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor dos senhores.
2- A Encarnação do Salvador – Jo. 1. 14
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade […]”
O Natal é o maior milagre da humanidade. O Deus transcendente, que nem o céu dos céus pode contê-lo, esvaziou-se, fez-se carne e habitou entre nós. Vestiu pele humana. Nasceu numa estrebaria, cresceu numa carpintaria e andou por toda a parte fazendo o bem, libertando os cativos do diabo. Jesus é o Verbo eterno e divino. Não foi criado, Ele é o criador. Não teve começo, é o Pai da eternidade. Não é inferior a Deus Pai, mas da mesma substância. Ele e o Pai são um.
Quem o vê, vê o Pai. Jesus é Deus Emanuel, Deus conosco. Ele abriu mão da glória que tinha com o Pai antes da fundação do mundo para entrar em nossa história para transformar nossa história. Mesmo sendo adorado pelos anjos, veio para ser cuspido pelos homens, para abrir-nos um novo e vivo caminho para Deus. Sendo Deus bendito fez-se maldição por nós para nos livrar da maldição do pecado. Sendo santo, fez-se pecado por nós para nos dar a vida eterna. Sendo perfeitamente Deus tornou também perfeitamente homem, para nos reconciliar com Deus. Jesus é o mediador entre Deus e os homens, o único caminho para Deus, a porta do céu.
3- A Etapa Final do Natal, a Sua Segunda e Definitiva Vinda! - At. 1.11
“… Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o visites subir”.
Jesus veio do céu em Sua encarnação, retornou ao céu depois da Sua ressurreição e virá novamente do céu para buscar Sua Igreja e estabelecer Seu Reino de glória. Sua segunda vinda será a consumação de todas as coisas. Essa vinda será visível, audível, poderosa, gloriosa e triunfante. Não virá mais para ser humilhado pelos homens, mas para julgar vivos e mortos. Quando a trombeta de Deus ressoar e se ouvir a voz do arcanjo, então, Jesus descerá dos céus com grande poder e muita glória.
Os mortos ouvirão sua voz e sairão dos túmulos, uns para a ressurreição da vida e outros para a ressurreição do juízo. Então, Jesus assentar-se-á no trono de Sua glória para julgar as nações. Grande e pequenos, ricos e pobres, religiosos e ateus, servos e chefes estarão diante dele para serem julgados segundo as suas obras. Naquele dia, o livro da vida também será aberto e quem não for encontrado no livro da vida do Cordeiro, esse será lançado no lago do fogo.
Considerações Finais:
Na verdade, o nosso Natal é comemorado de forma diferente, pois apesar de estarmos no mundo, não somos deste mundo, e mesmo que saibamos que o Natal é época de presentes, festa e comemoração, para nós o Natal é muito mais do que isso. É tempo de comemorarmos o nascimento de Jesus, pois esta é a mensagem do Evangelho: ”E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade…” (Jo. 1. 14). Entendemos que a vinda de Jesus ao mundo é a prova do grandioso amor de Deus por nós. Portanto, comemorar o Natal é um privilégio quando lembramos que: “Deus nos amou de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito (Jesus), para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo. 3. 16).
O Verdadeiro Natal é dar ao nosso próximo o que Deus já deu em nosso favor, o Seu filho Jesus Cristo para morrer na cruz em nosso lugar, o que legitima a profecia messiânica de Isaias, que profetizou o nascimento de Jesus o salvador. Portanto, devemos sempre rememorar o nascimento de Jesus, como a marca principal do natal cristão: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os Seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” (Is. 9. 6).
De acordo com o pastor e professor Hernandes Dias Lopes: “No Natal que se aproxima, precisamos pensar menos na festa e Mais na Pessoa de Jesus. Precisamos devolver a Jesus o sentido do Natal. As luzes, os cânticos, as iguarias, os presentes e toda a nossa agitação são vazios de significado se Jesus não for o centro da nossa vida.”.
Natal é Alegria e Comunhão (At. 2. 42), é esperança é ter Jesus em nosso coração (Rm. 5. 5). Mais do que iguarias, festas em família e presentes, este dia só tem sentido quando o celebramos tendo JESUS CRISTO como o nosso Senhor e Salvador. Por fim, que possamos sempre lembrar da mensagem de Fé e Esperança que os anjos deram no primeiro natal: “Novas de grande alegria para todos”, continua muito atual, pois JESUS CRISTO é o verdadeiro NATAL!
Por isso amados irmãos, neste mês vamos nos lembrar que Jesus é: “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
Porque nEle foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por Ele e para Ele”. Cl. 1. 15 e16.
Portanto amados irmãos vamos todo celebrar Alegremente Jesus Cristo o Filho de Deus, não nos deixemos ser seduzidos por este “Natal”, que possamos dizer em alto e bom som: Jesus sim este natal Não. Amém.
Tema: Sete Coisas “Banais” Que Podem Te Afastar de Deus
Textos: Genesis 17. 1 a 4 e Mateus 6. 33
1- Quando Abrão tinha noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença, e sê perfeito;
2- e firmarei o meu pacto contigo, e sobremaneira te multiplicarei.
3- Ao que Abrão se prostrou com o rosto em terra, e Deus falou-lhe, dizendo:
4- Quanto a Mim, eis que o meu pacto é contigo, e serás pai de muitas nações;
Mateus 6. 33.
“Mas buscai primeiro o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
Introdução:
Ceio que quando falamos neste assunto de afastamento de Deus, vem a nossa mente, aqueles pecados que consideramos “Grandes ou Pecadão” como o adultério, a prostituição, o roubo, a mentira e o homicídio, embora esses pecados sejam terríveis e com grandes e graves concequências, mas muitas vezes não são esses tipos de pecado que tem afastado as pessoas de Deus e da igreja.
Você já parou para pensar a respeito do que realmente pode afastar um crente de Deus? Pense um pouco, as grandes pedras são mais fáceis de ver e de se desviar delas não é verdade? Já as que consideramos pequenas, são exatamente elas que podem nos fazer tropeçar, é os pecados que muitas vezes consideramos pequenos são esses é que podem nos afastar de Deus, pois o fato de os considerar pequenos, nos fazem não se importar muito com eles ou até nos acostumar, achando que isso não tem o menor problema, isso pode ser considerado como algo comum, e até mesmo rotineiro. Coisas que parecem pequenas tendem a se parecer com banais e sem valor, e se tronam pouco notadas, e parecem que não são perigosas, mas que, se negligenciadas, certamente nos afastarão de Deus mais cedo ou mais tarde. Portanto amados irmãos conhecer essas coisas e combatê-las é uma forma de nos manter fortes, e por isso devemos ser vigilantes, pois dessa forma teremos condições de permaneceremos firmes na presença de Deus. Então Que Coisas São Essas:
1- Negligenciar o Planejamento do Seu Dia – Pv. 16. 1 a 3 – Sl. 139. 1 a 4.
“Ao homem pertencem os planos do coração; mas a resposta da língua é do Senhor. Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos; mas o Senhor pesa os espíritos. Entrega ao Senhor as tuas obras, e teus desígnios serão estabelecidos”.
Isso pode parecer meio bobo e até mesmo banal, e pode te levar a pensar: “o que isso tem haver com o afastamento de Deus”, veja aqui comigo, uma pessoa que vive seus dias sem pensar sobre eles, fatalmente será “levado” para longe de Deus. A falta de planejamento fará com que priorizemos tudo, menos Deus. Pois essa é a nossa natureza humana. Se ela é deixada livre e solta ela vai para longe de Deus e não para perto. Planeje o seu dia e inclua Deus nele. Pense em como será seu dia. Como irá honrar o Senhor, como vai priorizá-Lo. Se não fizer isso a correria do dia a dia poderá te deixará exausto e quem sabe até mesmo feliz por conseguir realizar tantas coisa no seu dia, isso certamente ocupará a sua mente de forma que você poderá sem sequer perceber que Deus existe, talvez seu dia seja tão afadigado que também não sobrará lugar para Deus no seu dia, e isso pode se tronar uma rotina de tal forma Deus já não fará “nenhuma falta” pra você. Então Planeje o Seu Dia e Inclua Deus como o Mais Importante do Seu Dia.
2- Negligenciar a Oração, Que Seja Por Apenas Um Dia – Lc. 5. 16.
“Mas Ele se retirava para os desertos, e ali orava”
Orar todos os dias e varias vezes por dia, também pode parecer algo meio bobo, mas é muito perigoso, pois temos uma tendência natural de nos acomodar. Jesus nos deixou um exemplo claro da importância da oração diária, pois Ele assim o fazia apesar do pouco tempo que dispunha em função da urgência e do pouco tempo que dispunha.
Hoje os nossos dias são geralmente cheios atividades, e normalmente estamos dispostos a sacrificar nosso tempo de oração para colocar outras coisas no lugar. Dessa forma deixamos para segundo plano o que é o mais importante que é a oração, pois ela é uma das principais formas de comunhão com Deus. Quando vamos aceitando que ela não seja a prioridade no nosso dia, vamos nos afastando da comunhão com o Pai. Se estiver diante de um dia corrido, mesmo assim ore. É melhor investir 15 minutos do seu sono do que sacrificar 15 minutos da sua comunhão com Deus.
3- Negligenciar a Leitura da Bíblia, Que Seja Por Apenas Um Dia – Jr. 15. 16.
“Acharam-se as Tuas Palavras, e eu as comi; e as Tuas Palavras eram para mim o gozo e alegria do meu coração; pois levo o Teu nome, ó Senhor Deus dos exércitos”.
Alguns crentes acham que possível intercalar a oração com a leitura da Bíblia, ou seja, se eu oro hoje fico dispensado da Leitura da Bíblia, e vice versa, mas da mesma forma que a oração, a leitura da Bíblia é essencial para nossa comunhão com Deus, pois a Palavra do Senhor é chamada de Alimento, de Espada isso é a própria Bíblia que nos ensina. Ou seja, Ela é imprescindível para vivermos perto de Deus e longe do pecado, para lutarmos e o vencermos. Adiar as nossas meditações Bíblicas diárias também é uma coisa que não parece causar muitos problemas, mas nos enfraquecerá, pois devemos sempre tê-La na memória para lutarmos contra as ciladas do inimigo “Escondi a Tua Palavra no meu coração, para não pecar contra Ti. Bendito és Tu, ó Senhor; ensina-me os teus estatutos”, Sl. 119. 11. Se o dia está complicado, tente ao menos meditar em um versículo ou capítulo, isso fará muita diferença em sua vida. Não fazer isso é ir se afastando de Deus aos poucos.
4- Negligenciar a Gratidão – Salmos 116. 12 a 14.
12- Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?
13- Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor.
14- Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o Seu povo.
A ingratidão é um veneno mortífero, ela é como uma planta venenosa que cresce em nosso coração e nos envenena mortalmente, nos matando de uma forma lenta. Isso pode parece algo banal passar um dia sem agradecer a Deus, “a final das contas eu luto só, e no mais posso muito agradecer amanhã, isso não é tão urgente ou importante assim, Deus sabe que sou grato”. A gratidão é algo que deve estar sempre presente em nossa vida, ela deve se tornar um estilo de vida. Sem ela nos afastamos de Deus, damos glória a outras coisas e conferimos o sucesso e outras realizações a tudo, menos ao Pai, deixamos de reconhecer tudo o que conquistamos vem de Deus. Um coração grato sempre está mais próximo de Deus do que um coração ingrato, que não enxerga os milhares de motivos para agradecer.
5- Negligenciar a Participação Na Obra do Senhor – Isaias 6. 8.
“Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim”.
Não é incomum que, com o passar do tempo, nosso coração missionário vá se esfriando. Podemos encontrar aos montes igrejas lotadas de crentes de banco. Sim, pessoas que estão assentadas nos bancos, mas longe de Deus, pois não tem o coração na obra do Senhor. Essas pessoas não ficaram assim do dia para noite. Elas foram deixando dia a dia de participar das atividades da igreja, elas perderam a importância, a obra de Deus ficou para segundo plano e assim se distanciaram da vontade de Deus. Participamos da obra se envolvendo com as pessoas, orando por elas, descobrindo nosso dom, contribuindo moral e financeiramente, com toda a nossa vida, etc. Virar as costas para a obra do Senhor e nos manter em nosso conforto, sendo discípulos meramente ilustrativos, significa que já estamos longe do Senhor.
6- Negligenciar as Verdadeiras Prioridades – Mateus 6. 33.
“Mas buscai primeiro o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
Quais são as suas reais prioridades? Talvez você possa até responder teoricamente a essa pergunta com muita facilidade. Mas e se analisarmos suas prioridades baseados na forma como você vive o seu tempo; Será que a teoria e a prática serão a mesma coisa? Geralmente sabemos (no campo teórico) muito bem o que deve ser priorizado em nossa vida: Deus, família, trabalho, igreja, etc. Mas quando olhamos para a nossa vida prática, as prioridades não parecem ser as mesmas do campo teórico: trabalho, lazer, tevê, amigos, família, Deus, igreja, etc. Devemos trabalhar para que as prioridades corretas estejam nos lugares corretos, na prática. Desordem nas prioridades certas nos afasta de Deus e de muitas outras coisas importantes.
7- Deixar as Dúvidas Mal Resolvidas – Efésios 5. 14 a 17.
14- Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.
15- Portanto, vede diligentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,
16- Usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são maus.
17- Por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.
Você tem dúvidas sobre coisas importantes sobre Deus, sobre a Bíblia, sobre a fé? Isso parece algo bobo ou banal, mas tem afastado muitas pessoas de Deus. Resolver as nossas dúvidas, ou pelo menos nos colocar em uma postura aberta para que Deus fale conosco a respeito delas, é algo que nos mantém perto de Deus. Porém, deixar a dúvida dominar a nossa vida é o caminho certo para se afastar do Pai.
Considerações Finais:
Amados irmãos Conforme vimos muitas vezes são coisas comuns, ou banais que podem nos afastar de Deus, e é ai que o nosso arque inimigo gosta de trabalhar e fazer um estrago na nossa vida espiritual, pessoal, profissional e familiar.
Portanto amados irmãos devemos ser zelosos quando ao nosso relacionamento com Deus, não podemos permitir que os cuidados deste mundo nos afaste da Sua maravilhosa presença. Amém.
Tema: Apóstolos Nos Dias de Hoje
Apóstolos Nos Dias de Hoje
Introdução:
Nunca se viu tantos apóstolos como neste início de século. Em cada canto, esquina e cidade encontramos alguém reivindicando o direito de ser chamado apóstolo.
Entendendo o movimento de restauração e o movimento apostólico:
O chamado movimento de restauração defende a tese de que Deus está restaurando a igreja. Para estes, após a morte dos primeiros apóstolos, a igreja de Cristo paulatinamente experimentou um processo de declínio espiritual culminando com a apostasia vivenciada pelos seus adeptos no período da idade média.
Com o advento da Reforma Protestante, os defensores desta teologia afirmam que Deus começou a restaurar a saúde da igreja. Segundo estes, Lutero foi responsável pela redescoberta da salvação pela graça, e agora no século XXI, estamos vivendo a restauração do ministério apostólico. Os teólogos desta linha de pensamento afirmam que a restauração dos apóstolos é uma das últimas coisas a serem feitas pelo Senhor, antes de sua vinda. Para os adeptos desta linha de pensamento, os apóstolos de hoje possuem, em alguns casos, maior autoridade do que os apóstolos do primeiro século, até porque, para os defensores desta corrente teológica a glória da segunda casa será maior do que a primeira.
Para estes o ministério apostólico não acabou. Na verdade, tais teólogos advogam que o ministério apostólico é perpétuo e que o livro de Atos ainda continua a ser escrito por santos homens de Deus, os quais, mediante a sua autoridade apostólica, agem em nome do Senhor.
Este movimento tem suas semelhanças com o surgimento dos mórmons e a Igreja dos Santos dos Últimos Dias, que ensina que o corpo de escritos inspirados por Deus não se fechou e que Deus tem muita coisa nova para dizer e para revelar aos seus santos através de seus apóstolos.
Infelizmente, assim como os mórmons, os adeptos do movimento apostólico consideram a Bíblia uma fonte importante, mas não única para a fé. Para os apóstolos deste tempo, Deus, através de seus profetas, pode revelar coisas novas, ainda que isso se contraponha a sua Palavra. Basta olharmos para as doutrinas hodiernas que chegaremos à conclusão que os apóstolos do século XXI, acreditam que suas revelações são absolutamente diretivas, normativas e inquestionáveis.
SEGUNDO A BÍBLIA QUAIS DEVERIAM SER AS CREDENCIAIS DE UM APÓSTOLO?
1. O apóstolo teria de ser testemunha do Senhor ressurreto. Em Atos vemos os apóstolos reunidos no cenáculo, conversando sobre quem substituiria Judas. Em Atos 1.21-22 lemos: “É necessário pois, que, dos homens que nos acompanham todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre vós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição”. Paulo diz que viu Jesus ressurreto: “Não sou, porventura livre? Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, Nosso Senhor?” (1 Co 9.1).
2. O apóstolo tinha de ter um chamado especial da parte de Cristo para exercer este ministério. As Escrituras são absolutamente claras em nos mostrar que os apóstolos, incluindo Paulo, foram chamados por Cristo (Mt 10.2-4; Gl 1.11-24).
3. O apóstolo era alguém a quem foi dada autoridade para operar milagres. Isso fica bem claro em 2Coríntios 12.12: “Pois as credenciais do meu apostolado foram manifestadas no meio de vós com toda a persistência, por sinais prodígios e poderes miraculosos”. Era como se ele dissesse: “Como vocês podem questionar meu ofício de apóstolo, se as minhas credenciais foram apresentadas claramente entre vós”. Sinais, milagres e prodígios maravilhosos.
4. O apóstolo tinha autoridade para ensinar e definir a doutrina firmando as pessoas na verdade.
5. Os apóstolos tiveram autoridade para estabelecer a ordem nas igrejas. Nomeavam os presbíteros, decidiam questões disciplinares e questões doutrinárias, e falavam com autoridade do próprio Jesus.
Considerações Finais:
Será que diante destas questões os “apóstolos” da modernidade podem de fato reivindicar o título de apóstolo de Cristo? Por acaso, algum deles viu o Senhor ressurreto? Foram eles comissionados por Cristo a exercerem o ministério apostólico? Quantos dos apóstolos brasileiros ressuscitaram mortos? E suas doutrinas? Possuem elas autoridade para se contraporem aos ensinamentos bíblicos?
Pois é, infelizmente os “apóstolos” do nosso tempo não possuem respostas a estas perguntas.
O posicionamento da ortodoxia evangélica entende que o ministério apostólico cessou com a morte dos apóstolos no primeiro século. Sem a menor sombra de dúvidas, considero a utilização do título “apóstolo” por parte dos pastores como uma apropriação indevida de um ministério, o qual não existe mais nos moldes que vemos no Novo Testamento.
Trecho do livro “Reforma Agora – o antídoto para a confusão evangélica no Brasil”, lançamento da Editora Fiel para o mês de setembro. Por: Renato Vargens
Tema: Apóstolos Nos Dias de Hoje
Apóstolos Nos Dias de Hoje
Introdução:
Nunca se viu tantos apóstolos como neste início de século. Em cada canto, esquina e cidade encontramos alguém reivindicando o direito de ser chamado apóstolo.
Entendendo o movimento de restauração e o movimento apostólico:
O chamado movimento de restauração defende a tese de que Deus está restaurando a igreja. Para estes, após a morte dos primeiros apóstolos, a igreja de Cristo paulatinamente experimentou um processo de declínio espiritual culminando com a apostasia vivenciada pelos seus adeptos no período da idade média.
Com o advento da Reforma Protestante, os defensores desta teologia afirmam que Deus começou a restaurar a saúde da igreja. Segundo estes, Lutero foi responsável pela redescoberta da salvação pela graça, e agora no século XXI, estamos vivendo a restauração do ministério apostólico. Os teólogos desta linha de pensamento afirmam que a restauração dos apóstolos é uma das últimas coisas a serem feitas pelo Senhor, antes de sua vinda. Para os adeptos desta linha de pensamento, os apóstolos de hoje possuem, em alguns casos, maior autoridade do que os apóstolos do primeiro século, até porque, para os defensores desta corrente teológica a glória da segunda casa será maior do que a primeira.
Para estes o ministério apostólico não acabou. Na verdade, tais teólogos advogam que o ministério apostólico é perpétuo e que o livro de Atos ainda continua a ser escrito por santos homens de Deus, os quais, mediante a sua autoridade apostólica, agem em nome do Senhor.
Este movimento tem suas semelhanças com o surgimento dos mórmons e a Igreja dos Santos dos Últimos Dias, que ensina que o corpo de escritos inspirados por Deus não se fechou e que Deus tem muita coisa nova para dizer e para revelar aos seus santos através de seus apóstolos.
Infelizmente, assim como os mórmons, os adeptos do movimento apostólico consideram a Bíblia uma fonte importante, mas não única para a fé. Para os apóstolos deste tempo, Deus, através de seus profetas, pode revelar coisas novas, ainda que isso se contraponha a sua Palavra. Basta olharmos para as doutrinas hodiernas que chegaremos à conclusão que os apóstolos do século XXI, acreditam que suas revelações são absolutamente diretivas, normativas e inquestionáveis.
SEGUNDO A BÍBLIA QUAIS DEVERIAM SER AS CREDENCIAIS DE UM APÓSTOLO?
1. O apóstolo teria de ser testemunha do Senhor ressurreto. Em Atos vemos os apóstolos reunidos no cenáculo, conversando sobre quem substituiria Judas. Em Atos 1.21-22 lemos: “É necessário pois, que, dos homens que nos acompanham todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre vós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição”. Paulo diz que viu Jesus ressurreto: “Não sou, porventura livre? Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, Nosso Senhor?” (1 Co 9.1).
2. O apóstolo tinha de ter um chamado especial da parte de Cristo para exercer este ministério. As Escrituras são absolutamente claras em nos mostrar que os apóstolos, incluindo Paulo, foram chamados por Cristo (Mt 10.2-4; Gl 1.11-24).
3. O apóstolo era alguém a quem foi dada autoridade para operar milagres. Isso fica bem claro em 2Coríntios 12.12: “Pois as credenciais do meu apostolado foram manifestadas no meio de vós com toda a persistência, por sinais prodígios e poderes miraculosos”. Era como se ele dissesse: “Como vocês podem questionar meu ofício de apóstolo, se as minhas credenciais foram apresentadas claramente entre vós”. Sinais, milagres e prodígios maravilhosos.
4. O apóstolo tinha autoridade para ensinar e definir a doutrina firmando as pessoas na verdade.
5. Os apóstolos tiveram autoridade para estabelecer a ordem nas igrejas. Nomeavam os presbíteros, decidiam questões disciplinares e questões doutrinárias, e falavam com autoridade do próprio Jesus.
Considerações Finais:
Será que diante destas questões os “apóstolos” da modernidade podem de fato reivindicar o título de apóstolo de Cristo? Por acaso, algum deles viu o Senhor ressurreto? Foram eles comissionados por Cristo a exercerem o ministério apostólico? Quantos dos apóstolos brasileiros ressuscitaram mortos? E suas doutrinas? Possuem elas autoridade para se contraporem aos ensinamentos bíblicos?
Pois é, infelizmente os “apóstolos” do nosso tempo não possuem respostas a estas perguntas.
O posicionamento da ortodoxia evangélica entende que o ministério apostólico cessou com a morte dos apóstolos no primeiro século. Sem a menor sombra de dúvidas, considero a utilização do título “apóstolo” por parte dos pastores como uma apropriação indevida de um ministério, o qual não existe mais nos moldes que vemos no Novo Testamento.
Trecho do livro “Reforma Agora – o antídoto para a confusão evangélica no Brasil”, lançamento da Editora Fiel para o mês de setembro. Por: Renato Vargens
Tema: Grupos Políticos e Religiosos dos Tempos de Jesus!
Texto: Mateus 5. 20.
“Pois Eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”.
Introdução:
No tempo de Jesus havia muitos Grupos Político-Religiosos, o Novo Testamento fez várias menções desses grupos que existiam naquela época. Porém, os mais citados no Novo Testamento são sem dúvidas os Escribas, Fariseus e Saduceus. Embora Jesus tenha usado com mais frequência duas categorias de pessoas quando quis ensinar o povo sobre os perigos de uma Religião Baseada Apenas na Prática de Rituais e da Lei, mas Sem a Misericórdia e o Amor, e com Atitudes Revestidas de Hipocrisias.
Os quatro Evangelhos trazem inúmeras referencias a discussões teológicas ocorridas entre “Escribas e Fariseus” e Jesus. Os relatos apontam que normalmente essas pessoas faziam perguntas mal intencionadas e com “pegadinhas” para ver se Jesus “escorregava”, dando margem a ser acusado de heresia.
Embora os Escribas sejam quase sempre mencionados nos Evangelhos junto com os Fariseus como podemos ver em: Mt. 5. 20; 12. 38; Lc. 5. 21 e 30, eles eram dois grupos diferentes de pessoas, mas nem todo escriba era fariseu ou vice versa. Mas quem eram essas pessoas? Por que aparecem tantas vezes referenciados juntos? Qual a razão dos inúmeros choques teológicos que tiveram com Jesus?
Neste estudo, conheceremos um pouco mais sobre esses grupos e partidos que eram comuns nos dias de Jesus e dos Apóstolos.
1- Grupos de Religiosos, Políticos e Profissionais no Novo Testamento
O Novo Testamento faz várias menções a grupos religiosos, políticos e profissionais que existiam naquela época. Neste breve estudo, conheceremos um pouco mais sobre esses grupos e partidos que eram comuns nos dias de Jesus e dos Apóstolos.
Fariseus - Certamente este é o grupo mais conhecido de todos. Os Fariseus formavam um dos principais grupos religiosos entre os judeus. (Mt. 9. 11 a 14; 12. 1 e 2; 15. 1 a 2; 19. 3; Lc. 18. 11 e 12; At. 15. 5).
Escribas, Mestres da Lei ou Rabinos - Formavam um grupo profissional. Não pertenciam, em geral, à classe sacerdotal, mas eram influentes e tiveram uma elevada consideração como intérpretes das Escrituras e dirigentes do povo. (Mt. 2. 14; 5. 20; 7. 29; 15. 1 e 2; 22. 25; Mc. 1. 22; Lc. 7. 30; 10. 25; 11. 45 a 52; At. 5. 34).
Saduceus - Esse era um grupo pequeno comparado aos Fariseus, porém muito poderoso devido aos integrantes que constituíam esse grupo religioso, formado por Sacerdotes e as pessoas influentes e ricas de Jerusalém. (At. 5. 17).
Zelotes - Tradicionalmente, considera-se que os Zelotes eram um partido judaico nacionalista que se rebelou contra Roma. O nome Zelote significa: “zeloso”, “fanático”. (Lc. 6. 15).
Publicanos - Grupo profissional que aparece nos Evangelhos sinóticos. Eram os coletores de impostos ou de alfândega em favor dos romanos, empregados por um contratador de cobrança de impostos. Ex. Zaqueu e Mateus o evangelista.
Nicolaítas - Eram seguidores de uma seita herética que, além de outras coisas, comiam alimentados sacrificados a ídolos e se entregavam aos prazeres carnais (Ap. 2. 6 a 15).
Sinédrio - Este era um grupo de juízes. Foi composta por um conselho de 70 homens judeus que estavam diretamente sob o sumo sacerdote. (II Cr. 19. 4 a 11).
Herodianos - Era um grupo de judeus que preferiam ser governados por um descendente do rei Herodes o Grande, ao invés de um governante romano, como Pôncio Pilatos. (Mt. 22. 16; Mc. 3. 6; 12. 13).
Essênios - Era um grupo separatista formado na época helenística e provavelmente originado entre os Fariseus. Esse grupo não é citado na Bíblia.
Samaritanos - Eram as pessoas nascidas em Samaria, região que ficava entre a Judéia e a Galileia. Os Samaritanos reconheciam apenas os livros da Lei (o Pentateuco) como autoridade doutrinal. (Mt. 10. 5; Lc. 9. 52 e 53; 17. 15 a 18; Jo. 4. 7 a 20; 8. 48).
Então Vamos agora buscar conhecer os principais grupos que conviveram com Jesus e com a Igreja:
2- Os Escribas:
Os Escribas eram também chamados de Doutores da Lei, por serem conhecedores profundos das Escrituras. Eles monopolizaram a interpretação das Escrituras e se tornaram guias espirituais do povo, ditando, inclusive, as regras para direção do culto. Eles eram os Especialistas na Interpretação da Lei Mosaica O conjunto de mandamentos que Deus deu a Moisés, registrados nos livros do Êxodo, Levítico e Deuteronômio. Por isso mesmo, em algumas passagens dos Evangelhos como Lc. 7. 30, os escribas também foram chamados “Doutores da Lei”. Cabia ainda aos escribas copiar os rolos contendo os textos da Bíblia Hebraica “Torá” (Antigo Testamento), já que naquela época não havia imprensa.
O grupo de Escribas, com essas funções, surgiu no tempo do exílio de Israel na Babilônia, no século VI Antes de Cristo. Antes dos Escribas assumirem esse papel, suas tarefas cabiam aos sacerdotes. Mas durante o exílio, como a classe sacerdotal entrou em declínio, surgiu um vazio, pois era preciso ter pessoas para ensinar e interpretar os mandamentos, bem como fazer cópia dos livros, das Escrituras. Aí surgiram os Escribas.
Quando parte do povo de Israel retornou à Palestina, conforme o relato dos livros de Esdras e Neemias, os Escribas já estavam em evidência. Tanto assim, que Esdras, um dos líderes do movimento de retorno, era Escriba (Ed. 7. 6; 11 e 21). No livro de Neemias (Ne. 8. 1 a 8), Esdras aparece ensinando a Lei para o povo de Israel.
Ao longo do tempo, os Escribas começaram a ser corrompidos pela ganância e ou pela vaidade (já que ocupavam posição muita importante na sociedade judaica). Com o tempo, os Escribas passaram a dar mais importância às próprias interpretações dos mandamentos de Deus do que ao texto das Escrituras. E algumas dessas interpretações chegavam às raias do ridículo, por exemplo, no que tange ao cumprimento do sábado, tornou-se proibido até pentear os cabelos ou curar doentes. E isso explica porque os Escribas entraram em choque com Jesus. Nosso Salvador falava com autoridade e não admitia esse tipo de postura legalista, que impunha peso indevido ao povo judeu.
3- Os Fariseus:
Os Fariseus eram integrantes de outro grupo. Eram aliados à elite sacerdotal e grandes proprietários de terras. Assim viviam longe do povo simples. Os Fariseus eram cumpridores da Lei e Criadores de Tradições. Escribas e Fariseus eram simpatizantes entre si, a ponto de muitos Escribas serem também Fariseus, Eram um grupo bem Maior do que os Escribas. Eram como se fossem os judeus ortodoxos do tempo de Jesus. A palavra “Fariseu” quer dizer “Separado”, caracterizando bem essa condição. Embora muito importantes e numerosos, os Fariseus não tinham pretensões políticas, portanto, não disputaram o poder com os principais sacerdotes.
Os Fariseus acreditavam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo, em anjos, em demônios e em todos os demais aspectos do mundo espiritual. E sendo assim, em vários aspectos sua doutrina era relativamente próxima de Jesus. Mas havia um aspecto que os colocava em posição antagônica a Jesus.
Ocorre que os fariseus, como seguidores estritos da Lei Mosaica se consideravam melhores que todos os demais judeus; a parábola que Jesus contou em que um fariseu olha com desprezo para um cobrador de impostos reflete bem essa circunstância (Lc. 18. 9 a 14). Essa arrogância, bem como sua preocupação excessiva com as aparências, levou-os à hipocrisia e foram muito criticados por Jesus por causa disso (Mt. 23. 13 a 15). E vem daí a indisposição que os Fariseus tinham com Jesus.
Acredito que agora ficou mais claro porque os Evangelhos tratam quase sempre “Escribas e Fariseus” como se fossem uma coisa só: eles tinham em comum a Arrogância, o Legalismo e a Hipocrisia. Escribas e Fariseus defendiam uma religião que entrava em choque com a vida e os ensinamentos de Jesus. E eles se sentiram ameaçados por aquilo que Jesus ensinava, daí suas constantes indisposição com Jesus. Simples assim não é verdade?
4- As Criticas de Jesus Pela Incoerência de Vida Deles:
Vemos claramente nos Quatro Evangelhos que Escribas e Fariseus vivem ainda hoje. Nós podemos identificá-los por meio das atitudes de muitos cristãos, católicos ou evangélicos, que, embora frequentadores assíduos de sua Igreja, ainda não entenderam o que é pertencer a Cristo, deixando transparecer uma grande incoerência entre o que se prega e o que se vive.
Talvez se Jesus fosse proferir na linguagem de hoje o que disse em Mt. 23. 13 a 36, diria assim: “Ai de vocês Escribas e Fariseus hipócritas! Vocês fecham o reino do Céu para os homens. Nem entram, nem deixam entrar aqueles que desejam. Vocês são hipócritas. Exploram os fracos e oprimidos, os empregados da sua empresa ou da sua lavoura e, para disfarçar, fazem longas orações! Mas vocês não perdem por esperar, vão colher o que estão plantando... Vocês são como túmulos pintados: por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos e podridão!”.
Jesus critica e condena os líderes religiosos que sustentam um sistema formalista e hipócrita: eles não consideram o Reino de Deus como dom, nem a liberdade dos filhos de Deus. Tal sistema impede de entrar no Reino, pois não leva à conversão, mas á perversão, e destrói o verdadeiro espírito das Escrituras. A Religião Formalista e Jurídica NÃO é Meio de salvação, mas Produz Prática Escravizadora, o que é totalmente oposto àquela que Jesus ensinou, a qual deve ser vivida por qualquer comunidade cristã verdadeira.
5- Quem Eram os Fariseus na Bíblia? O Que Eles Ensinavam?
Os Fariseus eram os integrantes de um partido formado entre os judeus cuja atuação é destacada no Novo Testamento, especialmente pela grande oposição ao ministério de Jesus Cristo. Os Fariseus representavam um dos três principais grupos entre os judeus, ao lado dos Escribas e Saduceus.
5.1- O Significado de Fariseu: É difícil saber o significado correto do termo Fariseu. A interpretação mais provável é que esse termo seja derivado do verbo hebraico parash, que significa “Separar” ou “Dividir”. Se isto estiver correto, então o termo “Fariseu” significa algo como “Povo Separado”, ou “Os Separatistas”. No entanto, mesmo que esse seja realmente o significado de fariseu, não é possível afirmar com exatidão a que tal “separação” se refere. Alguns argumentam que seja uma separação das impurezas e costumes mundanos, outros sugerem que talvez esse significado tenha uma aplicação mais histórica, como por exemplo, uma posição política.
5.2- A Origem dos Fariseus: A origem dos Fariseus também é outro ponto bastante discutido sobre esse grupo. Existem muitas teorias, mas nenhuma delas é considerada como inteiramente correta. As principais sugestões para o surgimento do grupo dos Fariseus são: Os Fariseus podem ter surgido ainda nos tempos de Esdras e Neemias, sendo aqueles que rejeitavam os costumes pagãos adotados pelos judeus após o exílio na Babilônia.
Talvez tenham surgido entre os Escribas que se propuseram a continuar o trabalho de Esdras no estudo da Lei, e entre aqueles que se dedicavam à sua observância rígida. Podem ter surgido em oposição à influência helenista e a adoção dos costumes gregos na época do governo de Antíoco Epifânio.
Existe a possibilidade de também terem surgido logo após a reconquista do Templo, com a divisão entre os hasidins. A posição mais provável é a de que os Fariseus tenham surgido no período que antecedeu a guerra dos Macabeus, com o objetivo de resistir e fazer oposição aos costumes helenísticos através de uma observância estrita da Lei de Moisés, o que faz com que os “hasidins”, “Piedosos”, tenham sido seus precursores.
De qualquer forma, os Fariseus aparecem pela primeira vez com esse nome durante a época o governo de João Hircano entre 135 e 105 a.C. O próprio João Hircano inicialmente pertenceu ao partido dos Fariseus, mas depois se separou deles e se tornou adepto dos Saduceus. De certa forma, isso fez com se desencadeasse um tipo de perseguição aos Fariseus, especialmente durante os dias de Alexandre Janeu, filho de João Hircano, mas logo depois a esposa de João Hircano acabou favorecendo os Fariseus devido a grande influência que eles exerciam entre o povo.
5.3- Os Ensinos dos Fariseus: Os Fariseus eram conhecidos pela Observância Rígida, não Apenas da Lei Escrita, mas da Tradição Oral. Para eles, essa Lei Oral, que segundo diziam havia sido preservada pelos homens importantes da sinagoga, recuando até Esdras, e antes dele pelos profetas, anciãos, Josué e, finalmente, remontando até Moisés, precisava ser observada com rigor, e assim faziam, honrando-a até mais do que a Lei Escrita.
A doutrina dos Fariseus considerava a soberania de Deus nos decretos divinos, a responsabilidade moral do homem, a imortalidade da alma, a existência dos espíritos e a ressurreição do corpo. Eles também criam na doutrina da retribuição, onde castigos e recompensas estavam reservados para a vida futura de acordo com a vida presente. Além disso, eles também enfatizam ao máximo a importância do dizimo e a observância das Leis Sabáticas. Eles eram tão rígidos com relação à guarda do sábado que alguns afirmavam que se uma pessoa estivesse com a garganta irritada num sábado, ela poderia engolir vinagre, mas não fazer gargarejo, pois isto caracterizaria um tipo de trabalho.
5.4- Os Fariseus No Tempo de Jesus: Aparentemente o partido dos Fariseus no tempo de Jesus não tinham entre seus integrantes os sacerdotes, e talvez sua maioria fosse formada de Escribas. Os Fariseus são mencionados com destaque no Novo Testamento, principalmente de forma negativa. Jesus censurou o farisaísmo em diversas ocasiões por conta de terem externalizado a religião com sua hipocrisia e orgulho, que simplesmente traduzia-se num tipo de exibicionismo e falsa santidade (Mt. 5. 20; 16. 6 a 12; 23. 1 a 39; Lc. 18. 9 a 14).
Apesar de acertarem em muitos pontos em sua doutrina, os fariseus jogavam sobre o povo uma carga de religiosidade que nem mesmo eles eram capazes de cumprir, isto por que, na verdade, eles possuíam um entendimento equivocado com relação à justificação pelas obras. A Parábola do Fariseu e o Publicano expressa muito bem o erro dos fariseus (Lc. 18. 9 a 14).
É por isso que Jesus chamou os Fariseus de “Sepulcros Caiados” (Mt. 23. 27), filhos daqueles que foram responsáveis por assassinarem os profetas e os homens justos desde Abel até Zacarias (Mt. 23. 29 a 36). Para o Senhor Jesus, eles eram cegos conduzindo outros cegos (Mt. 15. 14; 23. 13 a 15). Antes mesmo de Jesus, o profeta João Batista também já havia reprovado os Fariseus e os Saduceus chamando-os de “Raça de Víboras” (Mt. 3. 7ss).
Também é verdade que alguns Fariseus mostravam certo respeito por Jesus (Lc. 7. 36ss; 13. 31ss). O caso mais conhecido é o do fariseu Nicodemos, que provavelmente tornou-se um seguidor do Senhor (Jo. 3; 19. 40). No entanto, de modo geral, os Fariseus tiveram participação ativa na conspiração contra a vida de Jesus (Mc. 3. 6; Jo. 11. 47 a 57).
O próprio Talmude classifica os Fariseus em diferentes classes, fazendo distinção entre aqueles que se apóiam num aspecto de falsa humildade e se esforçavam para fazer com que os homens vissem suas boas obras, e aqueles que verdadeiramente demonstravam sinceridade no seu amor por Deus.
Além de Nicodemos, a Bíblia aponta outros notáveis integrantes desse partido, como o mestre Gamaliel e o próprio Paulo de Tarso, antes de ser convertido ao cristianismo (At. 23. 6; 26. 5 a 7; Fp. 3. 5). O importante historiador e escritor judeu, Flávio Josefo, também era um fariseu, e em seus escritos encontramos valiosas informações sobre o farisaísmo. Após a revolta contra Roma e a consequente queda de Jerusalém em 70 d.C., grupos como os saduceus, essênios e os zelotes desapareceram, e os Fariseus se tornaram a expressão máxima da religião judaica, de modo que com o tempo o farisaísmo se tornou sinônimo do próprio judaísmo.
6- Os Saduceus:
Na época de Cristo os Evangelhos fizeram menção com os personagens como Escribas, Fariseus e Saduceus. No entanto, esses personagens são quase completamente ausentes no Antigo Testamento A partir dos últimos acontecimentos do Antigo Testamento (como descrito em Esdras e Neemias) e a profecia final feita por Malaquias, existe um tempo de 400 anos para o início dos acontecimentos do Novo Testamento.
Teólogos costumam chamar este período de “Os Quatrocentos Anos Silenciosos”, porque Deus parecia estar em silêncio, não se comunicando através de seus profetas. Mas não deixe que a ausência de um profeta de Deus fazê-lo pensar que estes 400 anos foram insignificantes. Dentro destes 400 anos de silêncio vieram vários grupos de pessoas que desempenham um papel importante no Novo Testamento. Jesus confronta, repreende, se engaja, e até mesmo se submete na morte a pessoas que detêm títulos como “Escriba”, “Fariseus”, e “Saduceus”.
Após a destruição do Templo de Salomão em 586 aC (II Re. 25 e II Cr. 36), o foco central para o judeu passou a ser à Obediência à Lei de Deus (Torah), isso porque uma vez que o Templo já não existia era impossível realizar os sacrifícios. Com essa mudança, o foco e atenção das pessoas mudou; o de ser sobre o Sacerdote (anteriormente realizando os sacrifícios), para o Escriba (aquele que melhor conhece os mandamentos de Deus).
Este grupo sacerdotal de líderes religiosos eram funcionalmente como os Fariseus. No entanto, os dois grupos se odiavam, exceto quando eles encontravam um inimigo em comum (por ex. Jesus). As principais diferenças eram: 1- Os saduceus rejeitaram todas as Escrituras de Josué até Malaquias. 2- Rejeitaram a crença em uma futura ressurreição geral do corpo (Lc. 20. 27).
7- O Legado Negativo dos Escribas, Fariseus e Saduceus
7.1- Tradicionalismo: Os fariseus seguiam não somente a lei escrita de Deus, mas também as tradições orais que lhes tinham sido passadas. Muitas igrejas modernas imitam os Fariseus. Elas se agarram a suas tradições acima da palavra de Deus. Muitas delas têm credos ou catecismos junto com a Bíblia aos quais eles dão sua fidelidade. Outros colocam os ensinamentos do pastor, pregador ou papa no mesmo nível com as Escrituras. Jesus advertiu: "Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens" (Mt. 15. 9). A solução para tudo isso é bem simples: examine a origem do ensinamento. Se é de Deus (isto é, está na Bíblia), então deve ser seguido. Se não, não deve, porque "toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada" (Mt. 15. 13).
7.2- Buscavam Honras para Si: Jesus condenou os fariseus pelo interesse deles em impressionar os outros (Mt. 23. 5 a 12; Mc. 12. 38 a 40; Lc. 16. 15; 20. 46 e 47). Eles tinham aperfeiçoado diversas técnicas de chamar atenção, como usar roupas especiais para fazê-los parecer mais religiosos, orar e jejuar de modos muito visíveis (Mt. 6. 1 a 18), e disputar pelas posições mais elevadas tanto na sinagoga como no mercado. Eles insistiam em que os outros lhes dessem títulos especiais de respeito, quando os saudassem, porque queriam ser notados e admirados. Então o que estamos procurando impressionar os homens ou servir a Deus humildemente?
7.3- Amor ao Dinheiro: Os fariseus eram cobiçosos (Lc. 16. 14). Jesus os acusou de roubalheira (Mt. 23. 25) e de devorar as casas das viúvas (Mc. 12:40; Lucas 20:47). É difícil saber exatamente como eles "devoravam" as casas das viúvas; talvez persuadindo-as a fazer grandes doações. Certamente, pessoas de má fé no meio religioso hoje em dia têm explorado os pobres e velhos forçando-os a fazerem doações além de suas condições. Não é de admirar que Jesus advertisse: "Ai de vós, Escribas e Fariseus hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filhos” (Mt. 23. 15) os hipócritas religiosos de nossos dias cumprem seus deveres religiosos externos perfeitamente, mas permitem que pecados como orgulho, inveja e ódio floresçam por dentro. duas vezes mais do que vós".
7.4- A Hipocrisia: Os fariseus eram falsos, pretendendo ser algo que não eram. Eles limpavam minuciosamente o exterior (a parte que as pessoas podiam ver), mas negligenciavam a justiça interior (Mt. 23. 23 a 33). Eles invertiam o que era racional. Uma vez que o pecado começa no coração, a operação de limpeza tem que começar aí também.
7.5- Cegos, Preconceituosos e Orgulhosos: Jesus expôs a cegueira de sua geração (Mt. 13. 13 a 15). Apesar de examinarem as Escrituras diligentemente, os fariseus deixavam de ver o que elas estavam indicando (Jo. 5. 39 e 40). Sua pesquisa exaustiva e horas incansáveis de estudo não produziam para eles discernimento da verdadeira mensagem da Bíblia.
O que causava a cegueira deles? Eram preconceituosos, permitindo que seus desejos velassem mais do que as Escrituras ensinavam. Seu orgulho impedia-os de se humilharem o suficiente para permitirem que o Senhor abrisse seus olhos (Jo. 7. 45 a 52; 9. 24 a 34). Eles deturpavam as palavras que Jesus dizia e negavam Seus milagres (Mt. 12. 22 a 24). Eles recorriam a desonestidade absoluta (Mt. 28. 11 a 15).
A questão é: Será que somos cegos também? Ler a Bíblia não nos imuniza. Somente um coração terno e um amor pelo Senhor nos capacitarão e na iluminação do Espírito Santo é que nos fará entender as Escrituras que lemos.
7.6- Rejeitavam o Propósito de Deus: "Todo o povo que o ouviu e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus, tendo sido batizados com o batismo de João; mas os Fariseus e os intérpretes da lei rejeitaram, quanto a si mesmos, o desígnio de Deus, não tendo sido batizados por ele" (Lc. 7:29-30).
Considerações Finais:
Amados irmãos para encerar este estudo, devemos ficar atentos a tudo que eles praticaram, devemos olhar com muito cuidado para o legado negativo dos Escribas, Fariseus e Saduceus, para servir como Alerta, como um Sinal amarelo para que não venhamos cair nestes erros que traz tantos problemas para a igreja ainda hoje, pois de uma forma indireta Ainda temos esses grupos em Especial os Fariseus em nossas igrejas.
Os homens mudam com frequência e quando lhes interessa. Mas Deus não muda nunca os Seus princípios. Ele se opõe aos modernos Fariseus da mesma maneira que se opunha aos antigos. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas..." Creio que se Jesus fosse retornar hoje, a quem Ele se oporia? Seriam aqueles a quem respeitamos bastante? Ele nos atacaria como criticava os Fariseus? Precisamos pesar as razões por que Jesus os repreendia e então olhar cuidadosamente para nossas próprias vidas (Mt. 5. 20; 16. 6,12).
Portanto amados irmãos aprendemos que os fariseus rejeitaram a Deus. Hoje, quando as pessoas argumentam contra ou tentam mudar o padrão Bíblico, elas imitam os Fariseus e negam o propósito de Deus, então devemos ficar atentos para jamais deixar a centralidade da Palavra de Deus, pois Ela é o nosso Norte, e nEla que encontramos a revelação de Deus, e Ela é suficiente para nós, que estejamos sempre atentos à praticas dos Fariseus modernos para não fazermos o mesmo. Amém.
Assinar:
Comentários (Atom)