sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Tema: Grupos Políticos e Religiosos dos Tempos de Jesus!

 Texto: Mateus 5. 20. “Pois Eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”. Introdução: No tempo de Jesus havia muitos Grupos Político-Religiosos, o Novo Testamento fez várias menções desses grupos que existiam naquela época. Porém, os mais citados no Novo Testamento são sem dúvidas os Escribas, Fariseus e Saduceus. Embora Jesus tenha usado com mais frequência duas categorias de pessoas quando quis ensinar o povo sobre os perigos de uma Religião Baseada Apenas na Prática de Rituais e da Lei, mas Sem a Misericórdia e o Amor, e com Atitudes Revestidas de Hipocrisias. Os quatro Evangelhos trazem inúmeras referencias a discussões teológicas ocorridas entre “Escribas e Fariseus” e Jesus. Os relatos apontam que normalmente essas pessoas faziam perguntas mal intencionadas e com “pegadinhas” para ver se Jesus “escorregava”, dando margem a ser acusado de heresia. Embora os Escribas sejam quase sempre mencionados nos Evangelhos junto com os Fariseus como podemos ver em: Mt. 5. 20; 12. 38; Lc. 5. 21 e 30, eles eram dois grupos diferentes de pessoas, mas nem todo escriba era fariseu ou vice versa. Mas quem eram essas pessoas? Por que aparecem tantas vezes referenciados juntos? Qual a razão dos inúmeros choques teológicos que tiveram com Jesus? Neste estudo, conheceremos um pouco mais sobre esses grupos e partidos que eram comuns nos dias de Jesus e dos Apóstolos. 1- Grupos de Religiosos, Políticos e Profissionais no Novo Testamento O Novo Testamento faz várias menções a grupos religiosos, políticos e profissionais que existiam naquela época. Neste breve estudo, conheceremos um pouco mais sobre esses grupos e partidos que eram comuns nos dias de Jesus e dos Apóstolos. Fariseus - Certamente este é o grupo mais conhecido de todos. Os Fariseus formavam um dos principais grupos religiosos entre os judeus. (Mt. 9. 11 a 14; 12. 1 e 2; 15. 1 a 2; 19. 3; Lc. 18. 11 e 12; At. 15. 5). Escribas, Mestres da Lei ou Rabinos - Formavam um grupo profissional. Não pertenciam, em geral, à classe sacerdotal, mas eram influentes e tiveram uma elevada consideração como intérpretes das Escrituras e dirigentes do povo. (Mt. 2. 14; 5. 20; 7. 29; 15. 1 e 2; 22. 25; Mc. 1. 22; Lc. 7. 30; 10. 25; 11. 45 a 52; At. 5. 34). Saduceus - Esse era um grupo pequeno comparado aos Fariseus, porém muito poderoso devido aos integrantes que constituíam esse grupo religioso, formado por Sacerdotes e as pessoas influentes e ricas de Jerusalém. (At. 5. 17). Zelotes - Tradicionalmente, considera-se que os Zelotes eram um partido judaico nacionalista que se rebelou contra Roma. O nome Zelote significa: “zeloso”, “fanático”. (Lc. 6. 15). Publicanos - Grupo profissional que aparece nos Evangelhos sinóticos. Eram os coletores de impostos ou de alfândega em favor dos romanos, empregados por um contratador de cobrança de impostos. Ex. Zaqueu e Mateus o evangelista. Nicolaítas - Eram seguidores de uma seita herética que, além de outras coisas, comiam alimentados sacrificados a ídolos e se entregavam aos prazeres carnais (Ap. 2. 6 a 15). Sinédrio - Este era um grupo de juízes. Foi composta por um conselho de 70 homens judeus que estavam diretamente sob o sumo sacerdote. (II Cr. 19. 4 a 11). Herodianos - Era um grupo de judeus que preferiam ser governados por um descendente do rei Herodes o Grande, ao invés de um governante romano, como Pôncio Pilatos. (Mt. 22. 16; Mc. 3. 6; 12. 13). Essênios - Era um grupo separatista formado na época helenística e provavelmente originado entre os Fariseus. Esse grupo não é citado na Bíblia. Samaritanos - Eram as pessoas nascidas em Samaria, região que ficava entre a Judéia e a Galileia. Os Samaritanos reconheciam apenas os livros da Lei (o Pentateuco) como autoridade doutrinal. (Mt. 10. 5; Lc. 9. 52 e 53; 17. 15 a 18; Jo. 4. 7 a 20; 8. 48). Então Vamos agora buscar conhecer os principais grupos que conviveram com Jesus e com a Igreja: 2- Os Escribas: Os Escribas eram também chamados de Doutores da Lei, por serem conhecedores profundos das Escrituras. Eles monopolizaram a interpretação das Escrituras e se tornaram guias espirituais do povo, ditando, inclusive, as regras para direção do culto. Eles eram os Especialistas na Interpretação da Lei Mosaica O conjunto de mandamentos que Deus deu a Moisés, registrados nos livros do Êxodo, Levítico e Deuteronômio. Por isso mesmo, em algumas passagens dos Evangelhos como Lc. 7. 30, os escribas também foram chamados “Doutores da Lei”. Cabia ainda aos escribas copiar os rolos contendo os textos da Bíblia Hebraica “Torá” (Antigo Testamento), já que naquela época não havia imprensa. O grupo de Escribas, com essas funções, surgiu no tempo do exílio de Israel na Babilônia, no século VI Antes de Cristo. Antes dos Escribas assumirem esse papel, suas tarefas cabiam aos sacerdotes. Mas durante o exílio, como a classe sacerdotal entrou em declínio, surgiu um vazio, pois era preciso ter pessoas para ensinar e interpretar os mandamentos, bem como fazer cópia dos livros, das Escrituras. Aí surgiram os Escribas. Quando parte do povo de Israel retornou à Palestina, conforme o relato dos livros de Esdras e Neemias, os Escribas já estavam em evidência. Tanto assim, que Esdras, um dos líderes do movimento de retorno, era Escriba (Ed. 7. 6; 11 e 21). No livro de Neemias (Ne. 8. 1 a 8), Esdras aparece ensinando a Lei para o povo de Israel. Ao longo do tempo, os Escribas começaram a ser corrompidos pela ganância e ou pela vaidade (já que ocupavam posição muita importante na sociedade judaica). Com o tempo, os Escribas passaram a dar mais importância às próprias interpretações dos mandamentos de Deus do que ao texto das Escrituras. E algumas dessas interpretações chegavam às raias do ridículo, por exemplo, no que tange ao cumprimento do sábado, tornou-se proibido até pentear os cabelos ou curar doentes. E isso explica porque os Escribas entraram em choque com Jesus. Nosso Salvador falava com autoridade e não admitia esse tipo de postura legalista, que impunha peso indevido ao povo judeu. 3- Os Fariseus: Os Fariseus eram integrantes de outro grupo. Eram aliados à elite sacerdotal e grandes proprietários de terras. Assim viviam longe do povo simples. Os Fariseus eram cumpridores da Lei e Criadores de Tradições. Escribas e Fariseus eram simpatizantes entre si, a ponto de muitos Escribas serem também Fariseus, Eram um grupo bem Maior do que os Escribas. Eram como se fossem os judeus ortodoxos do tempo de Jesus. A palavra “Fariseu” quer dizer “Separado”, caracterizando bem essa condição. Embora muito importantes e numerosos, os Fariseus não tinham pretensões políticas, portanto, não disputaram o poder com os principais sacerdotes. Os Fariseus acreditavam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo, em anjos, em demônios e em todos os demais aspectos do mundo espiritual. E sendo assim, em vários aspectos sua doutrina era relativamente próxima de Jesus. Mas havia um aspecto que os colocava em posição antagônica a Jesus. Ocorre que os fariseus, como seguidores estritos da Lei Mosaica se consideravam melhores que todos os demais judeus; a parábola que Jesus contou em que um fariseu olha com desprezo para um cobrador de impostos reflete bem essa circunstância (Lc. 18. 9 a 14). Essa arrogância, bem como sua preocupação excessiva com as aparências, levou-os à hipocrisia e foram muito criticados por Jesus por causa disso (Mt. 23. 13 a 15). E vem daí a indisposição que os Fariseus tinham com Jesus. Acredito que agora ficou mais claro porque os Evangelhos tratam quase sempre “Escribas e Fariseus” como se fossem uma coisa só: eles tinham em comum a Arrogância, o Legalismo e a Hipocrisia. Escribas e Fariseus defendiam uma religião que entrava em choque com a vida e os ensinamentos de Jesus. E eles se sentiram ameaçados por aquilo que Jesus ensinava, daí suas constantes indisposição com Jesus. Simples assim não é verdade? 4- As Criticas de Jesus Pela Incoerência de Vida Deles: Vemos claramente nos Quatro Evangelhos que Escribas e Fariseus vivem ainda hoje. Nós podemos identificá-los por meio das atitudes de muitos cristãos, católicos ou evangélicos, que, embora frequentadores assíduos de sua Igreja, ainda não entenderam o que é pertencer a Cristo, deixando transparecer uma grande incoerência entre o que se prega e o que se vive. Talvez se Jesus fosse proferir na linguagem de hoje o que disse em Mt. 23. 13 a 36, diria assim: “Ai de vocês Escribas e Fariseus hipócritas! Vocês fecham o reino do Céu para os homens. Nem entram, nem deixam entrar aqueles que desejam. Vocês são hipócritas. Exploram os fracos e oprimidos, os empregados da sua empresa ou da sua lavoura e, para disfarçar, fazem longas orações! Mas vocês não perdem por esperar, vão colher o que estão plantando... Vocês são como túmulos pintados: por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos e podridão!”. Jesus critica e condena os líderes religiosos que sustentam um sistema formalista e hipócrita: eles não consideram o Reino de Deus como dom, nem a liberdade dos filhos de Deus. Tal sistema impede de entrar no Reino, pois não leva à conversão, mas á perversão, e destrói o verdadeiro espírito das Escrituras. A Religião Formalista e Jurídica NÃO é Meio de salvação, mas Produz Prática Escravizadora, o que é totalmente oposto àquela que Jesus ensinou, a qual deve ser vivida por qualquer comunidade cristã verdadeira. 5- Quem Eram os Fariseus na Bíblia? O Que Eles Ensinavam? Os Fariseus eram os integrantes de um partido formado entre os judeus cuja atuação é destacada no Novo Testamento, especialmente pela grande oposição ao ministério de Jesus Cristo. Os Fariseus representavam um dos três principais grupos entre os judeus, ao lado dos Escribas e Saduceus. 5.1- O Significado de Fariseu: É difícil saber o significado correto do termo Fariseu. A interpretação mais provável é que esse termo seja derivado do verbo hebraico parash, que significa “Separar” ou “Dividir”. Se isto estiver correto, então o termo “Fariseu” significa algo como “Povo Separado”, ou “Os Separatistas”. No entanto, mesmo que esse seja realmente o significado de fariseu, não é possível afirmar com exatidão a que tal “separação” se refere. Alguns argumentam que seja uma separação das impurezas e costumes mundanos, outros sugerem que talvez esse significado tenha uma aplicação mais histórica, como por exemplo, uma posição política. 5.2- A Origem dos Fariseus: A origem dos Fariseus também é outro ponto bastante discutido sobre esse grupo. Existem muitas teorias, mas nenhuma delas é considerada como inteiramente correta. As principais sugestões para o surgimento do grupo dos Fariseus são: Os Fariseus podem ter surgido ainda nos tempos de Esdras e Neemias, sendo aqueles que rejeitavam os costumes pagãos adotados pelos judeus após o exílio na Babilônia. Talvez tenham surgido entre os Escribas que se propuseram a continuar o trabalho de Esdras no estudo da Lei, e entre aqueles que se dedicavam à sua observância rígida. Podem ter surgido em oposição à influência helenista e a adoção dos costumes gregos na época do governo de Antíoco Epifânio. Existe a possibilidade de também terem surgido logo após a reconquista do Templo, com a divisão entre os hasidins. A posição mais provável é a de que os Fariseus tenham surgido no período que antecedeu a guerra dos Macabeus, com o objetivo de resistir e fazer oposição aos costumes helenísticos através de uma observância estrita da Lei de Moisés, o que faz com que os “hasidins”, “Piedosos”, tenham sido seus precursores. De qualquer forma, os Fariseus aparecem pela primeira vez com esse nome durante a época o governo de João Hircano entre 135 e 105 a.C. O próprio João Hircano inicialmente pertenceu ao partido dos Fariseus, mas depois se separou deles e se tornou adepto dos Saduceus. De certa forma, isso fez com se desencadeasse um tipo de perseguição aos Fariseus, especialmente durante os dias de Alexandre Janeu, filho de João Hircano, mas logo depois a esposa de João Hircano acabou favorecendo os Fariseus devido a grande influência que eles exerciam entre o povo. 5.3- Os Ensinos dos Fariseus: Os Fariseus eram conhecidos pela Observância Rígida, não Apenas da Lei Escrita, mas da Tradição Oral. Para eles, essa Lei Oral, que segundo diziam havia sido preservada pelos homens importantes da sinagoga, recuando até Esdras, e antes dele pelos profetas, anciãos, Josué e, finalmente, remontando até Moisés, precisava ser observada com rigor, e assim faziam, honrando-a até mais do que a Lei Escrita. A doutrina dos Fariseus considerava a soberania de Deus nos decretos divinos, a responsabilidade moral do homem, a imortalidade da alma, a existência dos espíritos e a ressurreição do corpo. Eles também criam na doutrina da retribuição, onde castigos e recompensas estavam reservados para a vida futura de acordo com a vida presente. Além disso, eles também enfatizam ao máximo a importância do dizimo e a observância das Leis Sabáticas. Eles eram tão rígidos com relação à guarda do sábado que alguns afirmavam que se uma pessoa estivesse com a garganta irritada num sábado, ela poderia engolir vinagre, mas não fazer gargarejo, pois isto caracterizaria um tipo de trabalho. 5.4- Os Fariseus No Tempo de Jesus: Aparentemente o partido dos Fariseus no tempo de Jesus não tinham entre seus integrantes os sacerdotes, e talvez sua maioria fosse formada de Escribas. Os Fariseus são mencionados com destaque no Novo Testamento, principalmente de forma negativa. Jesus censurou o farisaísmo em diversas ocasiões por conta de terem externalizado a religião com sua hipocrisia e orgulho, que simplesmente traduzia-se num tipo de exibicionismo e falsa santidade (Mt. 5. 20; 16. 6 a 12; 23. 1 a 39; Lc. 18. 9 a 14). Apesar de acertarem em muitos pontos em sua doutrina, os fariseus jogavam sobre o povo uma carga de religiosidade que nem mesmo eles eram capazes de cumprir, isto por que, na verdade, eles possuíam um entendimento equivocado com relação à justificação pelas obras. A Parábola do Fariseu e o Publicano expressa muito bem o erro dos fariseus (Lc. 18. 9 a 14). É por isso que Jesus chamou os Fariseus de “Sepulcros Caiados” (Mt. 23. 27), filhos daqueles que foram responsáveis por assassinarem os profetas e os homens justos desde Abel até Zacarias (Mt. 23. 29 a 36). Para o Senhor Jesus, eles eram cegos conduzindo outros cegos (Mt. 15. 14; 23. 13 a 15). Antes mesmo de Jesus, o profeta João Batista também já havia reprovado os Fariseus e os Saduceus chamando-os de “Raça de Víboras” (Mt. 3. 7ss). Também é verdade que alguns Fariseus mostravam certo respeito por Jesus (Lc. 7. 36ss; 13. 31ss). O caso mais conhecido é o do fariseu Nicodemos, que provavelmente tornou-se um seguidor do Senhor (Jo. 3; 19. 40). No entanto, de modo geral, os Fariseus tiveram participação ativa na conspiração contra a vida de Jesus (Mc. 3. 6; Jo. 11. 47 a 57). O próprio Talmude classifica os Fariseus em diferentes classes, fazendo distinção entre aqueles que se apóiam num aspecto de falsa humildade e se esforçavam para fazer com que os homens vissem suas boas obras, e aqueles que verdadeiramente demonstravam sinceridade no seu amor por Deus. Além de Nicodemos, a Bíblia aponta outros notáveis integrantes desse partido, como o mestre Gamaliel e o próprio Paulo de Tarso, antes de ser convertido ao cristianismo (At. 23. 6; 26. 5 a 7; Fp. 3. 5). O importante historiador e escritor judeu, Flávio Josefo, também era um fariseu, e em seus escritos encontramos valiosas informações sobre o farisaísmo. Após a revolta contra Roma e a consequente queda de Jerusalém em 70 d.C., grupos como os saduceus, essênios e os zelotes desapareceram, e os Fariseus se tornaram a expressão máxima da religião judaica, de modo que com o tempo o farisaísmo se tornou sinônimo do próprio judaísmo. 6- Os Saduceus: Na época de Cristo os Evangelhos fizeram menção com os personagens como Escribas, Fariseus e Saduceus. No entanto, esses personagens são quase completamente ausentes no Antigo Testamento A partir dos últimos acontecimentos do Antigo Testamento (como descrito em Esdras e Neemias) e a profecia final feita por Malaquias, existe um tempo de 400 anos para o início dos acontecimentos do Novo Testamento. Teólogos costumam chamar este período de “Os Quatrocentos Anos Silenciosos”, porque Deus parecia estar em silêncio, não se comunicando através de seus profetas. Mas não deixe que a ausência de um profeta de Deus fazê-lo pensar que estes 400 anos foram insignificantes. Dentro destes 400 anos de silêncio vieram vários grupos de pessoas que desempenham um papel importante no Novo Testamento. Jesus confronta, repreende, se engaja, e até mesmo se submete na morte a pessoas que detêm títulos como “Escriba”, “Fariseus”, e “Saduceus”. Após a destruição do Templo de Salomão em 586 aC (II Re. 25 e II Cr. 36), o foco central para o judeu passou a ser à Obediência à Lei de Deus (Torah), isso porque uma vez que o Templo já não existia era impossível realizar os sacrifícios. Com essa mudança, o foco e atenção das pessoas mudou; o de ser sobre o Sacerdote (anteriormente realizando os sacrifícios), para o Escriba (aquele que melhor conhece os mandamentos de Deus). Este grupo sacerdotal de líderes religiosos eram funcionalmente como os Fariseus. No entanto, os dois grupos se odiavam, exceto quando eles encontravam um inimigo em comum (por ex. Jesus). As principais diferenças eram: 1- Os saduceus rejeitaram todas as Escrituras de Josué até Malaquias. 2- Rejeitaram a crença em uma futura ressurreição geral do corpo (Lc. 20. 27). 7- O Legado Negativo dos Escribas, Fariseus e Saduceus 7.1- Tradicionalismo: Os fariseus seguiam não somente a lei escrita de Deus, mas também as tradições orais que lhes tinham sido passadas. Muitas igrejas modernas imitam os Fariseus. Elas se agarram a suas tradições acima da palavra de Deus. Muitas delas têm credos ou catecismos junto com a Bíblia aos quais eles dão sua fidelidade. Outros colocam os ensinamentos do pastor, pregador ou papa no mesmo nível com as Escrituras. Jesus advertiu: "Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens" (Mt. 15. 9). A solução para tudo isso é bem simples: examine a origem do ensinamento. Se é de Deus (isto é, está na Bíblia), então deve ser seguido. Se não, não deve, porque "toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada" (Mt. 15. 13). 7.2- Buscavam Honras para Si: Jesus condenou os fariseus pelo interesse deles em impressionar os outros (Mt. 23. 5 a 12; Mc. 12. 38 a 40; Lc. 16. 15; 20. 46 e 47). Eles tinham aperfeiçoado diversas técnicas de chamar atenção, como usar roupas especiais para fazê-los parecer mais religiosos, orar e jejuar de modos muito visíveis (Mt. 6. 1 a 18), e disputar pelas posições mais elevadas tanto na sinagoga como no mercado. Eles insistiam em que os outros lhes dessem títulos especiais de respeito, quando os saudassem, porque queriam ser notados e admirados. Então o que estamos procurando impressionar os homens ou servir a Deus humildemente? 7.3- Amor ao Dinheiro: Os fariseus eram cobiçosos (Lc. 16. 14). Jesus os acusou de roubalheira (Mt. 23. 25) e de devorar as casas das viúvas (Mc. 12:40; Lucas 20:47). É difícil saber exatamente como eles "devoravam" as casas das viúvas; talvez persuadindo-as a fazer grandes doações. Certamente, pessoas de má fé no meio religioso hoje em dia têm explorado os pobres e velhos forçando-os a fazerem doações além de suas condições. Não é de admirar que Jesus advertisse: "Ai de vós, Escribas e Fariseus hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filhos” (Mt. 23. 15) os hipócritas religiosos de nossos dias cumprem seus deveres religiosos externos perfeitamente, mas permitem que pecados como orgulho, inveja e ódio floresçam por dentro. duas vezes mais do que vós". 7.4- A Hipocrisia: Os fariseus eram falsos, pretendendo ser algo que não eram. Eles limpavam minuciosamente o exterior (a parte que as pessoas podiam ver), mas negligenciavam a justiça interior (Mt. 23. 23 a 33). Eles invertiam o que era racional. Uma vez que o pecado começa no coração, a operação de limpeza tem que começar aí também. 7.5- Cegos, Preconceituosos e Orgulhosos: Jesus expôs a cegueira de sua geração (Mt. 13. 13 a 15). Apesar de examinarem as Escrituras diligentemente, os fariseus deixavam de ver o que elas estavam indicando (Jo. 5. 39 e 40). Sua pesquisa exaustiva e horas incansáveis de estudo não produziam para eles discernimento da verdadeira mensagem da Bíblia. O que causava a cegueira deles? Eram preconceituosos, permitindo que seus desejos velassem mais do que as Escrituras ensinavam. Seu orgulho impedia-os de se humilharem o suficiente para permitirem que o Senhor abrisse seus olhos (Jo. 7. 45 a 52; 9. 24 a 34). Eles deturpavam as palavras que Jesus dizia e negavam Seus milagres (Mt. 12. 22 a 24). Eles recorriam a desonestidade absoluta (Mt. 28. 11 a 15). A questão é: Será que somos cegos também? Ler a Bíblia não nos imuniza. Somente um coração terno e um amor pelo Senhor nos capacitarão e na iluminação do Espírito Santo é que nos fará entender as Escrituras que lemos. 7.6- Rejeitavam o Propósito de Deus: "Todo o povo que o ouviu e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus, tendo sido batizados com o batismo de João; mas os Fariseus e os intérpretes da lei rejeitaram, quanto a si mesmos, o desígnio de Deus, não tendo sido batizados por ele" (Lc. 7:29-30). Considerações Finais: Amados irmãos para encerar este estudo, devemos ficar atentos a tudo que eles praticaram, devemos olhar com muito cuidado para o legado negativo dos Escribas, Fariseus e Saduceus, para servir como Alerta, como um Sinal amarelo para que não venhamos cair nestes erros que traz tantos problemas para a igreja ainda hoje, pois de uma forma indireta Ainda temos esses grupos em Especial os Fariseus em nossas igrejas. Os homens mudam com frequência e quando lhes interessa. Mas Deus não muda nunca os Seus princípios. Ele se opõe aos modernos Fariseus da mesma maneira que se opunha aos antigos. "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas..." Creio que se Jesus fosse retornar hoje, a quem Ele se oporia? Seriam aqueles a quem respeitamos bastante? Ele nos atacaria como criticava os Fariseus? Precisamos pesar as razões por que Jesus os repreendia e então olhar cuidadosamente para nossas próprias vidas (Mt. 5. 20; 16. 6,12). Portanto amados irmãos aprendemos que os fariseus rejeitaram a Deus. Hoje, quando as pessoas argumentam contra ou tentam mudar o padrão Bíblico, elas imitam os Fariseus e negam o propósito de Deus, então devemos ficar atentos para jamais deixar a centralidade da Palavra de Deus, pois Ela é o nosso Norte, e nEla que encontramos a revelação de Deus, e Ela é suficiente para nós, que estejamos sempre atentos à praticas dos Fariseus modernos para não fazermos o mesmo. Amém.